Deic deflagra operação que investiga extorsão de grupo criminoso contra comerciantes

Deic deflagra operação que investiga extorsão de grupo criminoso contra comerciantes

Houve o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão e nove de prisões

Correio do Povo

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira a fase ostensiva da operação Colaboração, que investiga a extorsão de um grupo criminoso contra comerciantes em várias cidades gaúchas. Houve o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão e nove de prisões, sendo oito temporárias e uma preventiva. Oito suspeitos foram detidos e dois estão foragidos.

A equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos (1ª DR), sob comando do delegado João Paulo de Abreu, executou as ordens judiciais em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Eldorado do Sul, Viamão, Montenegro e Tramandaí. Alguns dos alvos eram apenados da Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro e Penitenciária Estadual de Porto Alegre.

Telefones celulares, armas de fogo e munições foram recolhidas. A Justiça determinou ainda o bloqueio de ativo em contas bancárias dos investigados, com o objetivo de preservar eventuais valores existentes e assegurar o máximo ressarcimento dos prejuízos sofridos pelas vítimas.

As extorsões apuradas ocorreram entre maio de 2021 e junho deste ano, sendo registradas mais de 80 vítimas. Segundo o delegado João Paulo de Abreu, o grupo criminoso extorquia, por meio de ligações telefônicas, os comerciantes de diversas localidades do Estado. Na abordagem inicial, membros do grupo se identificavam como integrantes de facções criminosas e, por vezes, utilizavam de nomes e de apelidos dos líderes desses grupos.

Em um primeiro momento, eles “solicitavam” uma “colaboração”, que deveria ser paga por meio de transferências bancárias, a fim de custear um evento beneficente, que seria realizado no âmbito da comunidade do local em que o estabelecimento comercial da vítima estava localizado.

Posteriormente, diante da negativa da vítima, os criminosos faziam ameaças contra a vida de comerciantes, dos funcionários e de clientes, além da promessa de causação de danos ao estabelecimento comercial e outros locais relacionados às vítimas.

“O intenso e qualificado trabalho de investigação criminal desenvolvido pelos agentes da 1ª DR, implicou na identificação de 10 indivíduos relacionados à prática do delito de extorsão. Alguns, possivelmente, figurando como ‘laranjas’ e recebendo em suas contas bancárias os valores oriundos do delito, mediante contrapartida em dinheiro”, relatou o delegado João Paulo de Abreu.


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