Deic deflagra terceira fase de operação contra golpe da portabilidade no RS

Deic deflagra terceira fase de operação contra golpe da portabilidade no RS

Houve cumprimento de quatro ordens judiciais, incluindo na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves

Correio do Povo

Dois telefones celulares e dois carregadores estavam enterrados em vasos com plantas no setor administrativo da casa prisional

publicidade

A terceira fase da operação Crédito 1 Segundo foi deflagrada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil na manhã desta sexta-feira em Bento Gonçalves, na Serra. Os suspeitos estão envolvidos no conhecido golpe da portabilidade. Os criminosos abrem contas bancárias falsas, reencaminhando benefícios de aposentadoria para a instituição financeira vítima que, por sua vez, concedia vultosos empréstimos consignados em nome de pessoas que tinham seus dados indevidamente utilizados pelos golpistas. 

Os valores eram transferidos para contas de pessoas ligadas à quadrilha e depois sacados. O grupo criminoso coage as vítimas por meio de contatos via WhatsApp, utilizando-se de dados processuais e fazendo-se passar por delegado, para que fossem feitas transferências bancárias de valores para as contas dos criminosos.

A investigação é da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), sob comando do delegado Otto Max Ritter. Houve o cumprimento de quatro ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e de prisão na residência de investigada e na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves. Durante as buscas efetuadas no estabelecimento prisional, os agentes recolheram dois telefones celulares e dois carregadores que se encontravam surpreendentemente enterrados em vasos, sob plantas de pequeno porte, situados no setor administrativo do presídio.

Segundo o delegado Otto Max Ritter, o trabalho policial apura o delito de coação no curso do processo relacionada às investigações que desarticularam grupo especializado em delitos de estelionato majorado contra o Banrisul e de estelionato simples em diversas vítimas de vários municípios gaúchos, em sua maioria nas regiões da Serra, Sul e do Litoral, além da Capital.

A primeira e a segunda fases da Operação Crédito 1 Segundo foram desencadeadas nos meses de janeiro e abril deste ano e culminaram na decretação da prisão preventiva de seis suspeitos. Na ocasião, um veículo importado, com valor aproximado de R$ 180 mil, foi apreendido.

De acordo com o titular da 1ª DECOR, “os prejuízos causados ao Banrisul e às vítimas particulares, considerando apenas os casos identificados nas investigações, podendo haver ainda outros a serem descortinados, montaram aproximadamente meio milhão de reais”.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895