Deic trabalha para fechar o cerco a quadrilhas no RS

Deic trabalha para fechar o cerco a quadrilhas no RS

Delegado Rodrigo Bozzetto direciona ações para reduzir roubos ao patrimônio

Cíntia Marchi

Deic fecha o cerco a quadrilhas no RS

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) direciona suas metas para reduzir os índices de roubos e furtos contra o patrimônio. Será a resposta, por exemplo, para crimes como roubos de veículos que, de 2014 para 2015, cresceram 31% no Estado. Também aumentou o número de roubos em geral (quando a vítima sofre violência ou é ameaçada) em 28%, no mesmo período. Para avançar na repressão ao crime organizado, o diretor do Deic, delegado Rodrigo Bozzetto, explica que o foco é identificar as quadrilhas. “Esses crimes de rua serão reduzidos se tirarmos os integrantes das gangues de circulação”, ressalta o diretor do Deic.

Alguns movimentos já foram feitos dentro do departamento. Recentemente, foi criada a Divisão de Inteligência. Esta substituiu ao serviço existente. “Um delegado e dois agentes estão lotados nessa unidade. O efetivo poderá aumentar. Essa especializada auxilia todo o departamento, integrando informações das delegacias ligadas ao Deic”, explica Bozzetto.

Cerco

Na Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos foi lotado um segundo delegado. O objetivo é fechar o cerco aos grupos criminosos que atuam em todo o Estado. “O Deic também compõem a força-tarefa de combate aos desmanches irregulares. É mais uma forma de reduzir o roubo e o furto de veículos”, acentua o delegado.

Outra novidade é a criação de uma delegacia de repressão ao crime de lavagem de dinheiro. Segundo o diretor da Divisão de Assessoramento Especial (DAE), delegado Sander Ribas Cajal, já existem inquéritos de lavagem de dinheiro tramitando em outros departamentos, mas a ideia é que a nova divisão, a ser lançada em breve, também possa debruçar-se sobre esse tipo de caso. “Os inquéritos que tratam da lavagem de dinheiro demandam tempo, são complexos”, diz o diretor de divisão. O Deic pretende prender os criminosos e quebrar as estruturas financeiras das organizações por eles lideradas. “O Denarc faz muito isso”, ressalta Cajal. “Em algumas situações, o delegado solicita à Justiça que objetos pertencentes a traficantes sejam desapropriados e repassados para as delegacias de combate ao narcotráfico”, explica o delegado.

Apesar de estar no início de sua gestão, Bozzetto avalia que os resultados do departamento são positivos. “Nosso desafio é tentar fazer mais com o que temos”, afirma. “Sabemos que o contexto é difícil, mas nossa categoria tem muito comprometimento e determinação”, elogia.

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