Delegada relata que foi agredida por idoso em delegacia de Gravataí
Homem foi preso e encaminhado ao Presídio Central
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A delegada, que é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil após a prisão de um idoso em Gravataí, conversou nesta quinta-feira com a reportagem do Correio do Povo e contou detalhes do que ocorreu na Delegacia da Mulher do município. Ela relatou que foi alvo de agressão do homem e disse que não percebeu que ele era surdo, autista e vítima do Mal de Alzheimer.
A titular da Delegacia da Mulher contou que estava trabalhando durante a tarde, quando o idoso chegou acompanhado da filha e da neta para registrar uma ocorrência referente a aliciamento de menores. Conforme a delegada, a denúncia não era a única a ser atendida e, por isso, houve demora. Ela acredita que este teria sido o gatilho para a agressão.
Ao se dirigir para o próprio gabinete, a delegada encontrou o idoso, que teria confundido o local com um banheiro. Ao ser avisado de que estava na sala errada, o homem teria entrado em surto e partido para cima da policial. Ela alegou que foi ferida nos braços, mas conseguiu conter o idoso. Em seguida, outros policiais chegaram ao local e algemaram o homem, preso por resistência e desacato.
Após a prisão, a delegada fez imagens do resultado das agressões, prestou depoimento e foi embora. O idoso foi encaminhado a uma Delegacia de Pronto Atendimento, onde o delegado de plantão fez o flagrante e o encaminhou ao Presídio Central depois da homologação da prisão por uma juíza.
A promotora Ana Carolina Quadros Azambuja, que recebeu a denúncia do caso no Ministério Público de Gravataí, afirmou que a situação é atípica porque os crimes cometidos pelo idoso são de menor potencial ofensivo. "Nestes procedimentos não se lavra auto de prisão em flagrante. A pessoa é encaminhada à delegacia, assina um termo de compromisso para comparecer a um juizado especial criminal da comarca e depois liberado", explicou em entrevista à Rádio Guaíba.
