Delegado relata que máquinas de casa de jogos "têm quantia relevante de dinheiro"

Delegado relata que máquinas de casa de jogos "têm quantia relevante de dinheiro"

Advogado criticou o que considerou o "episódio mais vergonhoso da história do RS"

Correio do Povo

Advogado critica "episódio mais vergonhoso da história do RS" com apreensão

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*Com informações da repórter Jessica Hübler

Agentes da Polícia Civil recolheram grande quantidade de dinheiro na casa de jogos na zona Sul de Porto Alegre, além de parte de máquinas caça-níqueis, em operação no fim da tarde desta segunda-feira. “Tem uma quantia bastante relevante de dinheiro, que ainda não foi contado”, informou o delegado Roger Bittencourt. A Winfil funcionava baseada em liminar da juíza da 3ª Vara da Fazenda Pública, Viviane de Faria Miranda, que proibia a apreensão de equipamentos.

A própria juíza, contudo, relatou na tarde desta segunda-feira que sua decisão "não libera a aposta em dinheiro". O delegado Bittencourt relatou que a "liminar tem um conflito" e salientou a questão da moeda corrente no maquinário. "Funcionou no fim de semana, filmamos e havia dinheiro dentro das máquinas. Desde a sexta-feira estava funcionando com apostas", detalhou.



Já o advogado da Winfil, Laerte Luís Gschwenter, atacou a operação: "É o episódio mais vergonhoso da história do Rio Grande do Sul", comentou. "O delegado, com aval do MP, rasga o poder judiciário do Estado. Decisões de dois anos que estão se formando nas nossas cortes, que dizem que contravenção penal não é mais crime", argumentou. "Queimam o dinheiro do povo, pois gastam conscientes de que tudo aqui será arquivado", acrescentou Gschwenter.

O delegado, por sua vez, defendeu a operação. "Temos um mandado de juízo criminal para apreender os equipamentos", afirmou. "São cerca de 400 máquinas. Estava ocorrendo contravenção penal. Os responsáveis serão encaminhados à polícia para lavratura dos documentos."

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