Denarc faz ofensiva contra célula de facção que armazenava e distribuída drogas sintéticas no RS

Denarc faz ofensiva contra célula de facção que armazenava e distribuída drogas sintéticas no RS

Houve apreensão de 2,5 mil pinos de cocaína, 400 comprimidos de ecstasy, dez quilos de maconha e um quilo de crack, além de uma pistola, cerca de R$ 10 mil, seis balanças de precisão, três rádios comunicadores e uma máquina de cartão de crédito

Correio do Povo

Houve cumprimento de dez ordens judiciais em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Campo Bom, resultando em oito prisões

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A logística de armazenamento e distribuição de drogas sintéticas e de outros entorpecentes, por parte de uma célula da facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos, recebeu um duro golpe com a deflagração ao amanhecer desta sexta-feira da operação Arroba do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. Oito traficantes foram presos na ação coordenada pela delegada Ana Flávia Leite.

Houve a apreensão de 2,5 mil pinos de cocaína, 400 comprimidos de ecstasy, dez quilos de maconha e um quilo de crack, além de uma pistola calibre 6,35, cerca de R$ 10 mil em dinheiro, seis balanças de precisão, três rádios comunicadores e uma máquina de cartão de crédito, entre outros materiais. Na ofensiva, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Campo Bom.

A operação é fruto de investigações que decorreram da prisão do responsável pela parte logística da organização criminosa, encarregado de armazenar e distribuir grande quantidade de drogas sintéticas. O suspeito foi detido no dia 28 de junho do ano passado no bairro São José, em Novo Hamburgo. Na ocasião, a equipe do Denarc apreendeu 2.371 comprimidos de ecstasy, 1.814 pontos de LSD, 477 gramas de maconha, 65 gramas de MD e uma espingarda. Nesta sexta-feira, ele foi preso novamente.

Durante o trabalho investigativo foi possível identificar os demais envolvidos e reunir outras informações sobre a atividade criminosa. Segundo a delegada Ana Flávia Leite, uma distribuidora de bebidas no bairro São José, em Novo Hamburgo, e uma lancheria no bairro Nonoai, em Porto Alegre, eram usadas para o armazenamento e distribuição das drogas. Ela constatou, por exemplo, que o ecstasy vinha do Rio de Janeiro.

De acordo com a delegada Ana Flávia Leite, a operação faz parte das ações implementadas pela Polícia Civil para o enfrentamento das organizações criminosas voltadas para o tráfico de drogas. Ela observou que os entorpecentes abasteciam o Vale do Rio dos Sinos, Região Metropolitana e Porto Alegre. “O rumo é sempre subir na escala hierárquica das organizações criminosas. Então serão empreendidos esforços nesse sentido”, adiantou a delegada Ana Flávia Leite, referindo-se aos próximos passos da investigação.

Já o diretor de investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, avaliou que o trabalho policial foi “robusto”. Ele calculou que a facção “movimentava de R$ 30 mil a 50 mil por mês com as drogas sintéticas, mas também vendiam drogas tradicionais como cocaína, maconha e crack”, incluindo a maconha conhecida como camarão que “normalmente é vendida entre R$ 50,00 e R$ 60,00 a grama, sendo de grande qualidade”. O delegado Alencar Carraro afirmou ainda que o principal objetivo é desestruturar essa célula da facção.

Fotos: PC / Divulgação / CP


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