Denarc prende especialista químico em laboratório de cocaína em Estância Velha
Policiais civis apreenderam 176 quilos da droga e e insumos, como codeína, tetracaína e cafeína, avaliados em mais de R$ 2 milhões
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Um especialista em processo químico de preparação das drogas, recrutado por uma facção criminosa, foi preso pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil durante a operação que desmontou um laboratório de produção de cocaína no Vale do Rio dos Sinos. “O prejuízo ao crime organizado ultrapassa R$ 2 milhões”, calculou na manhã desta sexta-feira o delegado Gabriel Borges.
A ação, ocorrida na área central da cidade de Estância Velha, resultou na apreensão de cerca de 176 quilos do entorpecente e insumos, como codeína, tetracaína e cafeína, entre outros materiais. A maioria dos compostos químicos era importada da China.
Ao longo dos 20 dias de investigação, os agentes apuraram que o especialista conseguia produzir entre quatro e cinco quilos de cocaína “tombada”, destinada à venda no mercado interno nacional, com apenas um quilo da droga pura trazida da Bolívia. Por semana, o suspeito, um gaúcho de 31 anos, obtinha de 20 a 30 quilos no laboratório. Conforme o Denarc, ele não tinha formação acadêmica, mas aprendeu a lidar com os produtos químicos. "Ele tinha conhecimento empírico e não científico", resumiu o delegado Gabriel Borges.
A prisão do suspeito em flagrante ocorreu na tarde dessa quinta-feira. Ele deixava o local em Hyundai HB20 e foi abordado pela equipe do Denarc. Em um fundo falso localizado no painel do veículo, os agentes encontraram em torno de cinco quilos de cocaína. O acusado já tinha antecedentes criminais por crimes patrimonais e porte ilegal de arma de fogo.
O restante, cerca de 170 quilos da droga e insumos, foi localizado no imóvel, que estava protegido por grades, cercas e câmeras de monitoramento. O carro também foi recolhido pelos policiais civis.
O delegado Gabriel Borges enfatizou que “a investigação é resultado de um trabalho incessante no combate às organizações criminosas” e que o trabalho prossegue para identificar e responsabilizar os demais membros da organização criminosa.
Foto: PC / Divulgação / CP