Desaparecimento da professora Cláudia Hartleben completa 3 anos

Desaparecimento da professora Cláudia Hartleben completa 3 anos

Amigos e familiares participaram de ato em frente ao foro do município

Angélica Silveira

Comunidade protestou em Pelotas contra desaparecimento da professora Cláudia Hartleben

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O desaparecimento da professora Cláudia Hartleben completou três anos nesta segunda-feira. Para marcar a data amigos, familiares, colegas e alunos do curso de biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas participaram de um processo em frente ao fóro de Pelotas. O ato foi organizado pela mãe da professora Zilá Hartleben que pediu justiça e a verdade sobre o caso.

Com cartazes, faixas e balões pretos e brancos o grupo permaneceu no início da tarde em frente ao foro em uma manifestação silenciosa. Cada vez que o sinal fechava o grupo ia para o meio da rua com cartazes. Muitos motoristas buzinaram em apoio a manifestação. “É um ato para que ela não seja esquecida e que se faça a justiça dos homens com quem fez ou mandou fazer algo contra ela. Que seja punido”, pediu.

Ela conta que a filha era seu porto seguro e que há três anos para não se sentir tão sozinha e escreve cartas para Claudia e o pai da professora que já faleceu. “Ela era meu porto seguro. Ficou no lugar do pai como chefe de família. Aos 83 anos agora estou só com homens em volta meu filho e meus dois netos”, relatou.

A amiga de Claudia, Eliza Komniou, que foi a última pessoa a ver Cláudia viva disse que a manifestação demonstra que várias pessoas querem alguma resposta sobre o que ocorreu com a professora. “A polícia e o Ministério público tem que continuar batalhando por novidades. Eles têm que investigar o que ainda não foi investigado”, solicitou.

Quando o sinal ficava vermelho, os manifestantes mostravam os cartazes aos motoristas que passavam pelo local. Muitos buzinaram apoiando o protesto. O promotor José Olavo Passos, que chegou a denunciar o ex-marido e o filho de Cláudia, decidiu não recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a denúncia ser rejeitada. Ele contou que o caso continua sendo investigado.

Uma pessoa foi investigada em Piratini há pouco mais de um mês, mas não foi confirmada a participação no desaparecimento da professora. “O inquérito deve ir para Porto Alegre para o setor Técnico da Polícia Civil. Desde que surja um fato novo pode haver nova acusação, inclusive contra as mesmas pessoas”, disse.

Para a mãe da professora o promotor pediu tranquilidade. “Uma hora a história será solucionada, pois não há crime perfeito”, garantiu. No final do protesto os presentes deram as mãos e realizaram uma oração.

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