Desarticulada quadrilha que usava crianças e adolescentes no tráfico de drogas

Desarticulada quadrilha que usava crianças e adolescentes no tráfico de drogas

Polícia Civil deflagrou ação em cinco cidades do Estado

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Investigação da Polícia Civil durou entre oito e nove meses

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*Com informações do repórter Marco Aurélio Ruas

Crianças e adolescentes eram usadas pela quadrilha desarticulada nesta sexta-feira pela Polícia Civil em ação contra crimes de extorsão, tráfico de drogas e homicídios em cinco cidades gaúchas. Segundo o titular da delegacia de Eldorado do Sul, delegado Alencar Carraro, o grupo era formado por integrantes de uma mesma família, que comandava o tráfico de drogas no bairro Progresso.

Foram apreendidos durante a ação seis armas de calibre 38., três pés de maconha, um colete a prova de balas, munição, uma carabina de chumbo, rádio transmissor, dinheiro e canivete. Dos 72 mandados de prisão expedidos, 45 foram cumpridos e 17 eram destinados a presos, totalizando 62. Seis menores foram apreendidos. Mais 102 mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos em Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba, Mariana Pimentel e Porto Alegre.

A operação Progresso da Polícia Civil, prendeu os suspeitos de uma mesma família mais de uma vez durante o ano e, por isso, a quadrilha teriam inserido as crianças e adolescentes nos crimes. “Eles confiam na brandura do estatuto da criança e do adolescente”, explicou Carraro. Segundo a polícia, os menores estão envolvidos em tentativas de homicídio e incêndios. “Na semana passada um adolescente de 15 anos, que atua na quadrilha, teria ateado fogo em um centro comunitário no Delta”, disse o delegado.

O chefe do comércio de entorpecentes foi detido na semana passada e hoje foi a vez da irmã e do sobrinho serem presos. Uma segunda quadrilha atuaria no bairro Delta, também em Eldorado do Sul, e apesar de confrontos entre os dois grupos, os criminosos já trocaram favores ao cometer homicídios. Cinco mortes já teriam ocorrido. O grupo ainda é conhecido por retirar moradores das próprias casas. A investigação da Polícia Civil durou entre oito e nove meses.


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