A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o Poder Judiciário revogou a prisão domiciliar dos dois envolvidos no desaparecimento e morte do casal Rubem Affonso Heger, 85 anos, e da companheira Marlene dos Passos Stafford Heger, 53 anos. A filha, de 51 anos, e o neto, de 28 anos, do idoso, foram novamente detidos pelos agentes da 1ª DP de Cachoeirinha na manhã desta quinta-feira. De acordo com o MPRS, eles desrespeitaram a medida comparecendo em programas de rádio para dar entrevistas.
Em 26 de maio, o promotor de Justiça Thomaz de La Rosa, de Cachoeirinha, denunciou a filha e o neto por crimes como homicídios qualificados e ocultação de cadáveres. Na ocasião, ele explicou que os dois foram até a casa das vítimas, em Cachoeirinha, no dia 27 de fevereiro deste ano, onde cometeram o duplo homicídio.
Na sequência, a filha e o neto do idoso obstruíram a frente da garagem com colchões e colocaram os corpos das vítimas no interior de um Ford Fiesta. Os cadáveres ainda não foram encontrados, apesar das buscas. Os crimes tiveram motivação financeira.
A filha foi denunciada por um homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e dissimulação), um homicídio triplamente qualificado (dissimulação, motivo torpe e feminicídio), ocultação de cadáver, fraude processual, desacato e maus-tratos a animal doméstico.
Já o neto é acusado de um homicídio duplamente qualificado (dissimulação e motivo torpe), um homicídio triplamente qualificado (dissimulação, motivo torpe e feminicídio), ocultação de cadáver, fraude processual, resistência e maus-tratos a animal doméstico. A defesa dos acusados, que negam a autoria do crime, afirmou que não existem provas técnicas contra os dois e que ambos são inocentes.
Correio do Povo