Dez agentes penitenciários continuam reféns em rebelião no Paraná

Dez agentes penitenciários continuam reféns em rebelião no Paraná

Presos entregaram lista de exigências à Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos

Agência Brasil

Motim começou na manhã da última segunda-feira

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Mais de 30 horas depois de iniciada a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapava, no Paraná, dez agentes penitenciários e detentos ainda são mantidos reféns dos presos rebelados. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a situação é crítica e as negociações não evoluem.

No fim da tarde desta terça-feira, por volta das 17h30min, um terceiro agente foi encaminhado, com ferimentos, para um serviço de saúde. Segundo o Sindarspen, os outros dois que foram liberados estão machucados e os que continuam reféns estão sendo torturados de forma física e psicológica. No começo da rebelião, presos jogaram material inflamável em um agente e queimaram 20% do corpo do primeiro profissional a ser liberado.

Em alguns momentos, os rebelados concentraram-se no telhado do presídio, onde mantiveram reféns vendados e amarrados ao para-raio e penduraram outro de cabeça para baixo. Segundo o sindicato, pelo menos mais dez pessoas foram feridas e encaminhadas para a emergência da cidade, entre elas, seis que teriam sido jogadas do telhado.

Na manhã desta terça-feira os presos entregaram uma lista de exigências para a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Entre elas está a transferência de presos para outro presídio. O motim começou por volta das 11h30min da última segunda-feira, quando parte dos internos era conduzida a um canteiro de trabalho no interior do presídio. Com capacidade para 240 presos, a Penitenciária Industrial de Guarapava abriga 239 detentos. Cerca de 80 presos começaram o motim.

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