Dois dias após ataques em Aracruz (ES), quatro vítimas seguem internadas em estado grave

Dois dias após ataques em Aracruz (ES), quatro vítimas seguem internadas em estado grave

Mulher de 38 anos não resiste a cirurgia e morre na tarde do sábado; adolescente responde por ato análogo a homicídios

R7

Ataque deixou feridos em escola de Aracruz (ES)

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Dois dias após o ataque nas escolas da cidade de Aracruz, no Espírito Santo, quatro vítimas continuam internadas neste domingo. De acordo com a Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), duas mulheres de 52 e 45 anos estão na Unidade de Terapia Intensiva do hospital estadual Dr. Jayme dos Santos Neves. 

Além dessas duas vítimas, um menino de 11 anos segue internado em estado grave no hospital estadual Nossa Senhora da Glória "Infantil de Vitória"  e uma menina de 14 anos está entubada em estado grave. Ambas estão na UTI do pronto-socorro.

Uma mulher de 58 anos, também vítima do atentado, está internada em estado estável no hospital estadual de Urgência e Emergência “São Lucas”. O próximo boletim médico será divulgado no final do dia deste domingo.

Mortes

No fim da tarde do sábado, a Secretaria da Saúde do Espírito Santo confirmou que uma mulher de 36 anos, que estava internada em estado grave, morreu vítima do ataque. Duas professoras e uma aluna haviam sido mortas nos locais do atentado. A professora Flávia Ambos Marcon Leonardo, de 36 anos, foi atendida no local pelo Samu 192 e transferida para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), no qual passou por cirurgia mas não resistiu aos ferimentos.

Nas escolas morreram a professora de matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, a professora de artes Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos, e a aluna Selena Sagrillo Zucoloto, de 12 anos.

O ataque

Um adolescente invadiu duas escolas localizadas na mesma rua em Aracruz (ES), por volta das 10h desta sexta-feira. Ao menos três pessoas morreram. Treze pessoas ficaram feridas - cinco delas em estado gravíssimo.

Segundo testemunhas, o jovem fugiu após o atentado à segunda escola. A polícia confirmou a versão de que, em um carro Duster de cor dourada, ele teria ido em direção à orla. O autor dos disparos era um estudante do colégio Primo Bitti, segundo o capitão Alexandre, do 5º Batalhão da Polícia Militar. “Ele teria entrado na escola, na sala dos professores, com uma pistola e vários carregadores e efetuado diversos disparos, que atingiram seis pessoas no colégio. Dois óbitos foram confirmados no local”, afirmou o capitão.

O governador Renato Casagrande disse que cancelou sua agenda assim que soube da tragédia e que deslocou as secretarias de Segurança e de Educação para apurar os motivos do atentado e auxiliar a comunidade escolar.

"Imediatamente suspendi minha participação num evento que discutiria reforma para o Brasil e pacto federativo e estou buscando retornar ao Espírito Santo para acompanhar a apuração e o desenrolar desse triste fato", afirmou Casagrande.

Segundo a polícia, o suspeito dos crimes é filho de um tenente da Polícia Militar e planejou o ataque por dois anos. Ele fugiu das escolas com um veículo do pai, mas horas depois foi detido pela polícia. O menor vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e a dez tentativas de homicídio qualificadas.


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