Dona de supermercado é sequestrada após assalto em Taquari

Uma empresária de Taquari foi mantida refém por várias horas na manhã desta segunda-feira, sendo libertada somente em Porto Alegre. Proprietária de um supermercado situado na rua Sete de Setembro, na área central da cidade, a vítima foi rendida junto com funcionários e clientes por três criminosos armados de revólveres. Os assaltantes, que fingiram antes serem clientes e tomaram café na padaria existente no local, promoveram uma “arrastão”, roubando inclusive o dinheiro do estabelecimento.

Na fuga, o trio levou a vítima junto em um Volkswagen Crossfox, de cor prata, onde estava um quarto criminoso. No caminho foi sacado dinheiro das contas bancárias delas em caixas eletrônicos. A fuga prosseguiu depois em um Ford Ka, A empresária foi solta depois somente no bairro Anchieta, na Capital, perto da freeway. Mais tarde, ela escreveria aos amigos no Facebook: “Gente eu estou bem me deixaram em Porto Alegre”. A ocorrência mobilizou a Brigada Militar. A Polícia Civil investiga o caso. Os assaltantes teriam aparência jovem e não estavam com rostos escondidos.

Insegurança

A cidade de Taquari vive uma onda de total insegurança e violência, especialmente no último ano. Na tarde desta segunda, uma comitiva do município esteve em Porto Alegre para alertar para o agravamento da situação. Segundo o prefeito Emanuel Hassen de Jesus, conhecido como Maneco, a preocupação é grande entre os moradores porque a cidade sempre foi considerada tranquila. Ele apontou que uma das medidas que pode ajudar a combater a criminalidade é a instalação, em parceria com a CDL, de seis câmeras de segurança e uma central.

Porém, o projeto, que está pronto desde maio, ainda depende do aval da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), isso porque a sua utilização será feita pela Brigada Militar. “A promessa é de que até sexta-feira teremos esse retorno. Assim, esperamos que até o final do ano já esteja funcionando”, disse ele, acompanhado do vice-prefeito André Brito e quatro vereadores.

Dentro das ações de mobilização, na noite de terça-feira passada, uma audiência pública havia sido realizada justamente para discutir a situação. Houve consenso de que um dos problemas da violência no município é a falta de efetivo da Brigada Militar e da Polícia Civil. Mesmo assim, a BM, que teve 16 policiais militares no município, abordou 2.019 pessoas e efetuou 63 prisões desde o início deste ano.

Uma caminhada em prol da segurança, com centenas de pessoas, foi realizada na última sexta-feira, organizada por empresários e comerciantes. Durante a noite, um morador foi morto durante o roubo em sua residência, onde encontrava-se com a família, na localidade de Passo do Juncal. No dia, uma quadrilha fortemente armada fez um “cordão humano” durante ataque com explosivos na agência da Caixa Econômica Federal.