Dono de posto de gasolina é investigado em ação contra roubo de cargas na região Metropolitana

Dono de posto de gasolina é investigado em ação contra roubo de cargas na região Metropolitana

Operação Abuse Of Trust mira quadrilha que roubava cargas de cigarro

Marcel Horowitz

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira uma ofensiva contra uma quadrilha especializada no roubo de cargas de cigarro na região Metropolitana. A ação, chamada Operação Abuse Of Trust, contou com 119 agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) cumprindo 22 ordens de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, Esteio e Gravataí. O funcionário de uma empresa e o dono de um posto de gasolina estão entre os alvos.

Até o momento, duas pessoas foram presas em flagrante, três que já estavam presas tiveram prisão preventiva decretada e outras seis foram detidas e vão usar tornozeleira eletrônica.

A corporação solicitou a prisão preventiva de todos os investigados, por todo arcabouço probatório obtido no decorrer do inquérito. No entanto, o Poder Judiciário entendeu que medidas cautelares diversas da prisão, como o monitoramento eletrônico, seria suficiente.

Segundo o delegado Eibert Moreira, diretor de investigação do Deic, a investigação teve início em julho do ano passado, após a análise do celular de um criminoso preso. "Foi possível identificar que a associação criminosa possuía como integrantes empresários, motoristas das empresas de cigarro, traficantes e homicidas", destacou. 

O diretor de investigação do Deic explica que os criminosos armados rendiam motoristas contratados para transportar cargas de cigarro e os levavam para um local ermo, onde roubavam o material. Ainda conforme Eibert Moreira, os cigarros são as cargas mais roubadas pois o escoamento do produto, além de rápido, já que é uma mercadoria vendida diversos estabelecimentos possui alto valor comercial. "Esses roubos possibilitam uma rápida rentabilização das facções. Os criminosos utilizam estes valores, muitas vezes, para comprar armas e drogas", afirmou o delegado.

Um dos investigados é o motorista de uma empresa de cigarro que seria responsável repassar informações sobre a rota dos caminhões de carga aos bandidos. Em abril de 2022, ele teria passado detalhes sobre o trajeto de um motorista que resultou no roubo de uma carga avaliada em mais de 64 R$ mil. Outro investigado é o dono de um posto de gasolina em Gravataí, suspeito de ter emprestado veículos à quadrilha e também de ter recebido as cargas roubadas. 

Os outros alvos da operação seriam integrantes de uma facção. Eles somam antecedentes por tráfico, roubo, ameaça, homicídio, entre outros. Um dos suspeitos responde por 13 assassinatos.  


 


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