Duas facções envolvidas em execuções são alvos da Polícia Civil na Região Metropolitana

Duas facções envolvidas em execuções são alvos da Polícia Civil na Região Metropolitana

Houve o cumprimento de 29 ordens judiciais em Viamão, Alvorada, Gravataí, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro e Charqueadas.

Correio do Povo

Investigação do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já dura dois meses

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O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou na manhã desta quarta-feira a operação Unity com o objetivo de combater duas facções criminosas envolvidas com execuções na Região Metropolitana de Porto Alegre. Houve o cumprimento de 29 ordens judiciais, sendo 17 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de internação, nas cidades de Viamão, Alvorada, Gravataí, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro e Charqueadas.

A ação mobilizou 83 agentes e sete delegados, tendo apoio de mais de 30 policiais militares e equipes do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), além da Guarda Municipal de Novo Hamburgo. Armas, munições, drogas e R$ 43 mil em dinheiro foram apreendidos.Onze suspeitos foram detidos.

A investigação já identificou em dois meses a autoria de ao menos sete ataques ocorridos em Viamão, Novo Hamburgo, Alvorada e Gravataí, que resultaram na morte de seis pessoas e na tentativa de homicídio de uma outra vítima. O trabalho policial visa o esclarecimento e responsabilização tanto de executores quanto de mandantes dos crimes.

Em um dos casos, registrado em Alvorada, as lideranças de uma organização criminosa arquitetaram um plano que culminou na execução de uma jovem, de 23 anos de idade. Ela foi morta com disparos de arma de fogo e teve seu corpo abandonado em um campo de futebol em uma praça do bairro Maria Regina, no dia 13 de dezembro do ano passado. A motivação da ordem de assassinato foi cobrança de dívidas oriundas do consumo de drogas.

“Ressalta-se que o mandante do delito, indivíduo com amplos antecedentes criminais, ordenou a execução inclusive cooptando adolescentes para prática do crime hediondo”, observou o diretor do DHPP, delegado Mário Souza. “Por tal razão, dentre os mandados da operação Unity, estão a prisão temporária do mandante do crime, que é uma liderança de facção, e de outro indivíduo, bem como duas ordens de internação dos adolescentes infratores”, frisou.

Já o diretor da Divisão de Homicídios Metropolitana do DHPP, delegado Rafael Pereira, observou que “o foco das investigações profundas das delegacias da região será punir os mandantes dos assassinatos”.


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