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Especial

Dupla de atiradores interrompeu ataque com a chegada da polícia em Suzano

Ex-alunos estavam prestes a entrar em uma sala de aula onde estavam dezenas de estudantes

Ao menos 30 tiros foram ouvidos por moradores das redondezas | Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / CP

Por questão de poucos minutos que a tragédia na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano (SP) não teve dimensões ainda maiores, conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Segundo o titular da pasta, João Camilo Pires de Campos, a dupla que cometeu o atentato estava prestes a entrar em uma sala de aula onde estavam dezenas de estudantes, quando interrompeu as ações. 

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Eles pararam, de acordo com Pires, após notarem o avanço de um sargento e dois cabos da Polícia entrando no local, armados e com escudo. Foi quando atiraram contra si mesmos – ou cometeram suicídio, o que ainda não está esclarecido. Os dois agressores, de 25 e 17 anos, eram ex-alunos da escola. Ao fim da ação e contando com eles, dez pessoas morreram.   

“A dinâmica dos fatos está sendo remontada pela Polícia Civil”, afirmou o secretário. Até agora, a cronologia que a SSP-SP trabalha é que os dois cometeram latrocínio em uma locadora de veículos, levando um carro da primeira vítima – idenficada como Jorge Antonio Morais. 

Após isso, foram até a escola, onde entraram pela porta da frente, sendo recepcionados por uma funcionária, assassinada a seguir. Logo depois, atiraram em outra trabalhadora do local e seguiram para o interior do colégio.

Não se sabe a motivação do atentado. “É a grande busca: qual foi a motivação desses dois antigos alunos?”, questionou Pires. Ele confirmou que o mais novo dos agressores saiu da escola no ano passado, “por problemas”, segundo ele – sem informar quais foram. Segundo o secretário, as forças policiais chegaram na escola em menos de dez minutos após serem acionadas. 

Vítimas

O secretário confirmou o nome das sete vítimas no local:  Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier, que eram funcionárias da escola; além dos estudantes Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antônio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e João Victor Ramos Lemos. Todos, conforme ele, eram alunos do Ensino Médio.  

Pires não soube informar a situação dos feridos, limitando-se a dizer que foram encaminhados a dois hospitais da região de Suzano. 

 

Tiros “de maneira aleatória”

“Tivemos no Brasil cinco casos como esse no Brasil, três em São Paulo: no shopping Morumbi, na catedral de Campinas e hoje em Suzano. Tivemos também em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, na escola em Realengo. Qual a característica: atirar de maneira aleatória, procurando aumentar o maior dano possível”, explicou o coronel Marcelo Salles, comandante da Polícia Militar paulista. 

“Foram utilizadas um revólver calibre 38, uma vespa, um arco e flecha e foi encontrado uma machadinha com um dos agressores”, complementou. Além disso, também foi recolhido um equipamento para recarregar a arma de fogo. 

Uma bolsa com artefato semelhante a um explosivo também foi encontrada. No entanto, o dispositivo era falso e, conforme as autoridades, foi deixado ali para atrasar o início da ação policial. No início da tarde, a perícia já havia sido autorizada a começar o trabalho no colégio. 

Correio do Povo