Elize Matsunaga deixa de trabalhar como motorista de aplicativo no interior de SP por julgamentos

Elize Matsunaga deixa de trabalhar como motorista de aplicativo no interior de SP por julgamentos

Segundo o advogado, a mulher exerceu a profissão apenas por alguns dias. Ampla exposição afetou o trabalho dela

R7

Elize Matsunaga ganhou liberdade condicional

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Em liberdade condicional, Elize Matsunaga deixou de trabalhar como motorista de aplicativo na cidade de Franca, no interior de São Paulo, por sofrer uma série de julgamentos, quase 11 anos após matar e esquartejar o marido e empresário Marcos Matsunaga.

A informação foi confirmada pelo advogado dela, Luciano Santoro, ao R7, nesta sexta-feira (5). De acordo com ele, a profissão de Elize como motorista de aplicativo "durou apenas alguns dias".

"Acaba tendo uma repercussão muito grande, é tanta gente em cima, pesquisando, falando sobre... e cada corrida que ela fazia era uma foto diferente, é uma ampla exposição, então ela parou", revelou Santoro.

Elize Matsunaga era bem avaliada nas plataformas que trabalhava. Uma passageira, entrevistada pela reportagem na época, revelou que a mulher é "muito educada, respeitosa e solícita".

Outro trabalho

Como a mulher está em liberdade condicional, ela precisa estar exercendo alguma atividade, mas, agora, sua renda é como costureira. Oadvogado contou que, antes, Elize trabalhava em uma fábrica de costura, mas não soube dizer se ela continua lá ou se está criando e concertando roupas por conta própria e vendendo.

"Às vezes a gente troca mensagens, pergunto como ela está, mas não entramos em detalhes sobre tudo", mencionou.

Ressocialização

Que os egressos do sistema prisional sofrem julgamentos não é novidade, mas quando o caso é de grande repercussão como o de Elize, a situação fica ainda mais complicada.

Santoro alega que a cliente, com quem já trabalha há tantos anos, nunca teve nenhum problema de comportamento, fora ou dentro da prisão, mas as pessoas nunca vão esquecer o ocorrido no passado, o que afeta o presente da mulher.

Para o defensor, a "ressocialização precisa passar por uma compreensão de que deveria ser uma tarefa de todos, para benefício da própria sociedade".

"Falando no geral, sobre todas as pessoas que já estiveram presas em algum momento, toda vez que a gente marginiza uma pessoa, a tendência é que ela não consiga se adaptar e torne a praticar crimes. Quanto mais oportunidades legais nós dermos para que a pessoa seja reintegrada na sociedade, melhor para todos", completou.


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