Em depoimento, testemunhas reiteram que Leandro Boldrini era distante do filho
Oitivas continuam nesa quinta-feira com 11 depoentes
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Uma psicóloga disse que, em 2011, atendeu Bernardo e constatou que o pai era ausente na educação do menino. Entendia que faltavam limites ao garoto, então, com oito anos. Dois anos depois, em novo atendimento percebeu que as roupas do garoto eram sujas e que ele apresentava más condições de higiene.
Um médico que estudou com Boldrini na faculdade disse que o colega não demonstrava emoções, mas se tratava de “uma pessoa querida e respeitosa com os pacientes”. O profissional ainda falou que o comportamento de Leandro começou a mudar depois de ter conhecido Graciele. No dia seguinte ao desaparecimento de Bernardo, a testemunha visitou Leandro. Achou estranho que a madrasta estava “sorridente”.
Outro médico confirmou que, profissionalmente, Leandro era “muito solícito”. Não soube precisar como ele era pessoalmente e nem relatou o comportamento de Graciele Ugulini. A última testemunha a depor no foro de Três Passos, foi outro colega de Boldrini. Ele viu poucas vezes pai e filho juntos e classificou como uma “relação muito fria”.
Os depoimentos continuam amanhã com 11 depoentes. Ao todo, cinco testemunhas foram dispensadas pela defesa de Leandro Boldrini, com a concordância do Ministério Público. Na manhã de hoje, uma técnica em enfermagem, funcionária do pai do menino, disse ter ouvido de uma colega que Graciele afirmou que pensava em contratar matadores para se livrar de Bernado.
O menino morreu após receber altas dosagens de Midazolan, em abril. O corpo dele foi encontrado enterrado próximo a um rio de Frederico Westphalen. Os réus do caso Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz permanecem presos.