Empresário é indiciado pela Polícia Civil por farsa de furto em loja de armas em Cruz Alta

Empresário é indiciado pela Polícia Civil por farsa de furto em loja de armas em Cruz Alta

Investigação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) apurou que 49 pistolas e submetralhadoras, além de espingarda e fuzil, foram vendidas para uma facção criminosa que atua na região

Correio do Povo

Operação foi realizada com a Brigada Militar durante investigação

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A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Cruz Alta concluiu o inquérito do caso de um empresário que teria forjado um furto de armas na própria loja de caça, tiro e pesca da cidade. No dia 9 de fevereiro deste ano, um total de 49 armas, entre pistolas e submetralhadoras, além de espingardas e fuzil, sumiram do estabelecimento comercial, situado na rua Prudêncio Silveira, no bairro Toríbio Veríssimo. O comerciante permanece recolhido desde o dia 17 de fevereiro no sistema prisional, quando foi detido em uma operação conjunta da Polícia Civil com a Brigada Militar, através da Força Tática do 16º BPM e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). A totalidade das armas desviadas ainda não foi recuperada.

Ao todo, seis pessoas foram indiciadas por crimes como comércio ilegal de arma de fogo, associação criminosa, falsa comunicação de crime, falsidade ideológica e associação para o tráfico; incluindo o empresário e uma forte liderança do crime na região. Somados os limites máximos, se condenado, a pena do proprietário da loja pode chegar a 28 anos de reclusão.

Após pouco mais de dois meses de investigações, os policiais civis conseguiram demonstrar a participação do proprietário da loja na simulação do furto com o objetivo de desviar armas para uma facção criminosa atuante na região. “Durante a instrução policial verificou-se graves distorções e incoerências na versão apresentada pela suposta vítima no dia dos fatos, desde o levantamento de local de crime, até lacunas em seu depoimento”, lembrou o delegado Ricardo Drum Rodrigues

De acordo com ele, o trabalho investigativo identificou “situações em que pessoas com antecedentes policiais conseguiram adquirir armas e munições, incompatibilidade nas anotações de uso de munições no estande de tiro pertencente ao empresário e armas vendidas legalmente e não entregues a pessoas de boa-fé, falsamente indicadas como furtadas”.

“A investigação baseou-se em quebras e extrações de dados telefônicos e telemáticos, análise documental, depoimentos e atividades de campo”, complementou. O inquérito policial foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário e Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Denúncias, mesmo sob anonimato, podem ser encaminhadas ao telefone 197 (Polícia Civil) 190 (Brigada Militar) ou pelo telefone celular (55) 99194-5758.


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