Empresário depõe na PF, mas volta para o Presídio Central

Empresário depõe na PF, mas volta para o Presídio Central

Ex-secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre também presta depoimento

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Ex-secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre também presta depoimento

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Um empresário investigado pela Polícia Federal (PF) e preso durante Operação Concutare foi ouvido na tarde desta quarta-feira por mais de duas horas na sede da superintendência do órgão em Porto Alegre. Após o depoimento, ele foi levado de volta ao Presídio Central, na Capital.

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Conforme o advogado Fernando Barrett, o empresário é do ramo de água mineral, mas a empresa, com sede em Caxias do Sul na Serra, não teria participação no esquema. O investigado é o próprio empreendedor. Também nesta quarta-feira, a PF ouve o depoimento do ex-secretário municipal de Meio Ambiente Luiz Fernando Záchia (PMDB).  O advogado Rafael Leal, defensor de Záchia, prevê que ele seja solto após prestar depoimento.

Ao todo, são 11 depoimentos até agora, para um total de 18 suspeitos de envolvimento em esquema para liberação de licenças ambientais mediante pagamento de propina. O advogado Luciano Feldens, do ex-secretário do Meio Ambiente Berfran Rosado, informou que o cliente optou por permanecer em silêncio perante os delegados da PF sob a alegação de que a defesa não teve acesso à cópia do inquérito. Ele explicou que o cliente está preocupado com a repercussão do caso na mídia e exige o direito de preservação da imagem.

Dos 18 detidos por suspeita de integrar um esquema de liberação de licenças ambientais no Estado, dois foram soltos. Os demais são mantidos no Presídio Central e só saem para prestar depoimentos.

Prisões

Após cerca de dez meses de investigação, a PF identificou diversas quadrilhas que atuavam na aceleração da liberação de licenças ambientais no Estado. A rede de corrupção aliciava funcionários públicos para que requisitos legais fossem desconsiderados.

Foram presos seis empresários, seis despachantes e seis servidores públicos. Os setores de construção civil e mineração foram alguns dos segmentos beneficiados com as fraudes. A PF apreendeu R$ 468 mil, 44 mil dólares e 5.280 euros - o equivalente a mais de meio milhão de reais.

Os suspeitos devem ser indiciados por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais, conforme a participação individual de cada envolvido no esquema.




Com informações dos repórteres Paulo Roberto Tavares e Voltaire Porto.


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