Empresa gaúcha é investigada por fraude licitatória de R$ 85,5 milhões em Goiás

Empresa gaúcha é investigada por fraude licitatória de R$ 85,5 milhões em Goiás

Operação foi realizada também no Rio Grande do Sul e Distrito Federal

Correio do Povo

Houve o cumprimento de 37 mandados judiciais e bloqueio de R$ 6,4 milhões

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Uma empresa gaúcha de gerenciamento logístico é investigada por suposto envolvimento em uma fraude licitatória estadual ocorrida em Goiás. Na manhã desta terça-feira, a operação Custo Máximo foi deflagrada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil de Goiás.

Houve o cumprimento de 37 mandados judiciais em Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. A ação teve 21 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de afastamento da função pública, seis mandados de proibição de frequência a determinados lugares e quatro mandados de proibição de contratar com o poder público. No Rio Grande do Sul, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil atuou junto na ação. 

O bloqueio judicial de valores, na ordem de R$ 6,4 milhões, também foi executado na operação. Estão sendo investigados crimes de fraude e direcionamento de procedimento licitatório e associação criminosa.

A investigação começou 2021 para apurar prováveis crimes ocorridos durante o processo licitatório e a execução do contrato formalizado entre uma empresa pública goiana e a empresa de gerenciamento logístico gaúcha. Há evidências de que a empresa gaúcha contratada teria se utilizado de outras “fantasmas”, localizadas em Goiânia, em Goiás, e em Campo Bom, no Vale do Rio do Sinos, no Rio Grande do Sul, para fornecer produtos à contratante com preços acima do de mercado.

Conforme a investigação, o contrato formalizado tinha por objeto a prestação do serviço de “almoxarifado virtual” (gerenciamento logístico), no valor global de mais de R$ 85,5 milhões pelo prazo de 30 meses. Há a suspeita de que o processo seletivo para a contratação daquela empresa foi provavelmente direcionado, assim como ocorreu a superestimativa dos preços que serviram de parâmetro para a realização da licitação, o sobrepreço dos itens efetivamente contratados e o superfaturamento das vendas posteriormente realizadas.


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