Enfermeira britânica é condenada à prisão perpétua por assassinatos de bebês
Pena é considerada incomum no Reino Unido
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Um tribunal britânico condenou nesta segunda-feira à prisão perpétua, sem possibilidade de libertação, a enfermeira considerada culpada pelos assassinatos de sete recém-nascidos e outras tentativas de homicídio, um caso que provocou grande comoção no Reino Unido.
Lucy Letby, 33 anos, que se negou a comparecer à audiência em um tribunal de Manchester (norte da Inglaterra), recebeu uma pena incomum na legislação inglesa.
As acusações contra ela abrangem o período de junho de 2015 a junho de 2016 e todas dizem respeito a crianças com menos de um ano de idade. Letby, que tinha 25 anos na época dos assassinatos, declarou-se inocente várias vezes, mesmo depois que notas autoincriminatórias foram encontradas em sua casa.
Desde junho de 2015, vários pediatras do Hospital Countess of Chester, onde a ré trabalhava, expressaram preocupação com o número incomum de mortes em seu serviço, muitas descritas como "inexplicáveis", ou "inesperadas".
Uma investigação sobre a morte de 15 bebês foi lançada em maio de 2017 e depois foi expandida para incluir mais casos. Descrita pela Promotoria como "calculista", com métodos intencionalmente discretos para "quase não deixar rastros", Letby teria "enganado" seus colegas fazendo-os acreditar que as mortes foram "apenas um golpe de azar".