Entenda como funciona o campo magnético que puxou a arma de advogado baleado durante exame

Entenda como funciona o campo magnético que puxou a arma de advogado baleado durante exame

Leandro Mathias Novaes estava internado no Hospital São Luiz desde 16 de janeiro e morreu nesta segunda-feira (6)

R7

Leandro Mathias Novaes tinha um perfil no Tiktok onde defendia o armamento

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O advogado Leandro Mathias Novaes, conhecido nas redes sociais por ser armamentista, morreu após ser baleado pela própria arma enquanto acompanhava a mãe em uma ressonância magnética, nesta segunda-feira (6). O acidente aconteceu em 16 de janeiro no Laboratório Cura, em São Paulo.

Segundo o boletim de ocorrência, quando a máquina de ressonância foi ligada, o magnetismo puxou a arma de fogo da cintura do advogado e a levou para o interior do equipamento. O objeto ficou fixado no aparelho e realizou um disparo que atingiu o abdômen de Novaes.

O exame de ressonância é um exame de diagnóstico por imagem, que não possui radiação e permite a captação de imagens dos órgãos do paciente de forma tridimensional. O equipamento trabalha com campo magnético, por isso algumas precauções devem ser tomadas como não utilizar joias e metais.

De acordo com o físico e ex-diretor do Instituto de Criminalística Adilson Pereira, no interior do aparelho de ressonância existe um campo magnético muito potente, como se fosse um grande imã.

O campo é tão intenso, segundo o físico, que possui força para puxar objetos pesados como armas de fogo. "Tudo isso aconteceu porque alguém de forma negligente entrou em um local onde não pode com material metálico", critica o ex-diretor do Instituto de Criminalística.

O médico radiologista Roberto Blasblag também explicou à Record TV que "a arma é composta de metal pesado. E quanto mais próximo do equipamento você está, maior a ação do campo gravitacional".

No dia do acidente, o Laboratório Cura informou que o advogado não avisou sobre o armamento, embora tenha sido orientado sobre a necessidade de retirada de qualquer objeto metálico para acessar a sala de exame. Novaes e a mãe, que era a paciente, assinaram o termo de ciência com relação a essa orientação.

Após ser baleado, o advogado foi internado no Hospital São Luiz, também na capital paulista. Ontem, ele não resistiu aos ferimentos e morreu.


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