Equipe do Deic viaja ao Paraná para interrogar suspeitos de ataque em Erval Grande

Equipe do Deic viaja ao Paraná para interrogar suspeitos de ataque em Erval Grande

Policiais buscam mais detalhes sobre trio especializado em ataques com explosivos preso no estado

Correio do Povo

Equipe do Deic viajou ao Paraná para interrogar suspeitos de ataque em Erval Grande

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Uma equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, liderada pelo delegado João Paulo de Abreu, viajou na manhã desta segunda-feira para o Paraná com o objetivo de obter mais detalhes dos três criminosos especializados em ataques com explosivos a bancos que foram presos em São Luiz do Purunã e Campo Largo. Armamento e munição foram apreendidos com os bandidos. Até a próxima quinta-feira, os agentes pretendem interrogar os bandidos devido à suspeita de que participaram do ataque ao Banrisul de Erval Grande, na madrugada de 29 de outubro, quando foi morto em confronto o sargento João Marcelo Borges Desidério, 43 anos, da Brigada Militar.

De acordo com o delegado Joel Wagner, a equipe também vai comparar a munição e o armamento apreendidos em poder dos três criminosos paranaenses com os estojos que haviam sido recolhidos em Erval Grande. Os policiais civis pretendem confirmar ainda se duas pistolas calibres 40, com numeração raspada, apreendidas com o trio, são as mesmas levadas dos brigadianos no ataque com explosivos ao Banrisul.

O delegado Joel Wagner revelou no sábado que já foi constatada que parte da munição pertence ao CRPO Planato da Brigada Militar, sendo usada pelo 13º BPM que atua na região onde fica Erval Grande. “Os indícios são fortes”, observou, referindo-se à atuação do trio paranaense no RS.

Exames químico metalográfico e balístico serão realizados no âmbito da perícia do material apreendido. O delegado Joel Wagner não descartava também a possibilidade de bandidos gaúchos terem ligação com os paranaenses, além de suspeitar que o ataque a um carro-forte em outubro passado na BR 280, em Araquari, em Santa Catarina, seja de autoria da quadrilha.

A prisão do trio coube ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil do Paraná, e teve apoio até da Polícia Rodoviária Federal. Os três bandidos integram uma quadrilha envolvida em explosão de caixas eletrônicos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Houve a apreensão de três fuzis e 300 cartuchos de munição; cinco pistolas; seis coletes balísticos; carregadores; 12 toucas ninjas; oito quilos de explosivos; 37 espoletas; miguelitos; mais de dez pares de luvas; celulares; radiocomunicadores; dinheiro; cinco lanternas; documentos falsos; cerca de 20 quilos de drogas, entre crack, cocaína e maconha; além de uma Toyota Hilux e um Ford Fiesta; entre outros materiais.

O delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown, disse que a captura do trio ocorreu quando a quadrilha preparava-se um ataque no interior do Paraná. “Desta forma, organizamos uma operação policial e conseguimos interceptar os dois veículos saindo de Curitiba com parte da quadrilha e do material que foi apreendido”, destacou.

Para o secretário estadual de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, a prisão dos suspeitos foi o resultado de um excelente trabalho desenvolvido pelo Cope. “Podemos dizer que mais de dez pessoas estavam envolvidas na quadrilha. Um trabalho brilhante realizado pelo Cope que por meio do monitoramento de várias ferramentas, inclusive a tornozeleira eletrônica, teve êxito em desbaratinar a quadrilha”, afirmou.

Todos os suspeitos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, posse e porte ilegal de arma e munição de uso restrito, posse de explosivos, tráfico de drogas, receptação de veículos e adulteração de sinal identificador de veículo. Martins também responderá pelo delito de uso de documento falso. Os suspeitos permanecem presos à disposição do Poder Judiciário.

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