Escola no bairro Santa Cecília é arrombada pela segunda vez em uma semana

Escola no bairro Santa Cecília é arrombada pela segunda vez em uma semana

Aulas foram suspensas e direção pede vigilância

Correio do Povo

Equipe do Instituto-Geral de Perícias compareceu no local junto com a Polícia Civil

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A Escola Estadual de Ensino Fundamental Felipe Oliveira foi novamente invadida e desta vez com maior ousadia dos criminosos. O estabelecimento de ensino fica situado na rua Felipe de Oliveira, no bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, ao lado do antigo Ginásio da Brigada Militar. Após terem arrancado o quadro de rede de energia elétrica durante o último feriadão, os ladrões no final da madrugada e amanhecer desta terça-feiraarrombaram as dependências do colégio que abriga também uma parte do Instituto de Educação General Flores da Cunha. 



Uma equipe do Instituto-Geral de Perícias compareceu no local junto com a Polícia Civil. Os prejuízos ainda estavam sendo contabilizados, mas até um televisor de 50 polegadas e caixas de som foram furtados. Janelas foram danificadas e salas ficaram reviradas. Até o hidrômetro no pátio foi retirado, provocando o vazamento da rede de água. Um forno micro-ondas não foi levado somente por que não passou pela janela basculante cujo vidro foi quebrado por um pedaço de madeira usado como aríete.

Para entrar, os ladrões pularam o muro do estabelecimento de ensino no limite com o terreno do Ginásio da BM, que está abandonado e sem qualquer alarme.

A orientadora educacional da Escola Estadual de Ensino Fundamental Felipe Oliveira, Elisabeth Pavanello, fez um desabafo enquanto aguardava o encerramento da perícia. “Ontem ainda trabalhamos mesmo sem luz, mas hoje não tem condições. Agora é insegurança de como o problema será resolvido. Nosso temor é que retornem”, lamentou.

O estabelecimento de ensino possui cerca de 100 alunos, funcionando somente no turno da manhã. “Estamos aguardando orientação”, lembrou, referindo-se à suspensão das aulas. Já a diretora do Instituto de Educação General Flores da Cunha, Leda Larratéa, recordou que no local estudam em torno de 250 alunos na manhã e tarde há dois anos e meio desde o fechamento da sede da instituição na avenida Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, para a realização de obras de restauração integral do prédio histórico.

Segundo ela, as câmeras de monitoramento e o porteiro eletrônico já tinham sido furtados antes. “Agora vieram uma noite atrás da outra”, enfatizou ao falar sobre o furto de todo o quadro de energia elétrica e posterior invasão do prédio.

“Tivemos de descartar alimentos por que perdemos tudo”, lembrou. “Suspendemos as aulas e não sabemos o que vamos fazer. Já fiz contato com a Secretaria de Educação. Queremos uma vigilância urgente por que não temos nem condições de fechar o que foi arrombado”. Ela teme ainda que, no início do turno matinal, deparem-se com os criminosos ainda no interior do prédio. A segunda licitação para a retomada das obras no Instituto de Educação, realizada na semana passada, apresentou quatro empresas interessadas.

No entanto, a diretora disse que todas “têm algum problema para ser resolvido”. Leda Larratéa calculou que, caso tudo seja resolvido, as obras começariam somente “em dois ou três meses” e para terminar “em dois ou três anos no mínimo, dependendo se tiver dinheiro”.

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