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Especial

Estado anímico da mãe de Rafael despertou suspeita da Polícia

Corpo do menino de 11 anos foi encontrado nessa segunda em Planalto

Coletiva à imprensa no Palácio da Polícia, nesta terça-feira, apresentou detalhes da investigação | Foto: Alina Souza

A Polícia Civil tinha três linhas iniciais de investigação sobre o desaparecimento do menino Rafael Mateus Winques, 11 anos, na cidade de Planalto. O corpo do garoto foi encontrado nessa segunda, após a mãe confessar o crime. Com o avanço das diligências, incluindo a obtenção de vários depoimentos, os policiais civis ficaram apenas com a hipótese de morte dentro de casa. E o estado anímico apresentado pela mãe em depoimentos despertou a suspeita dos agentes.

“Voltamos nosso olhar para o comportamento da mãe. O que chamou a atenção sobre ela? Sem sombra de dúvida o estado anímico dela. Desde o primeiro até o último contato com os policiais era uma pessoa muito serena e tranquila com relação aos fatos”, constatou. 

Na montagem do quebra-cabeça, o delegado Joerberth Nunes Pinto observou que a mãe havia declarado, em um dos dez depoimentos com os agentes, que teve uma briga com o filho na noite anterior ao desaparecimento devido ao uso excessivo do celular. O aparelho telefônico teria sido retirado então do menino. 

“Ela contou que, quando acordou, verificou que a porta dos fundos estava aberta pela parte de dentro e com a chave. A criança, segundo ela, teria ido para a casa da avó. Uma hora depois, ela perguntou sobre o filho e a avó disse que ele não tinha ido”, recordou. “O que chamou atenção? A mãe foi incisiva em afirmar que a criança desapareceu com uma camiseta do Grêmio e de chinelos. Se ela não viu a criança sair...como ela sabia desses detalhes?”, questionou. 

A suspeita sobre a mãe foi aumentada ao saberem que a primeira queixa do desaparecimento não foi efetuada para a Brigada Militar e Polícia Civil como seria de praxe.  “Ela foi procurar o Conselho Tutelar”, destacou. “Nos sucessivos interrogatórios, ela procurava passar uma riqueza de detalhes que certamente não teria condições de saber”, ressaltou, apontando também que existia uma contradição da mãe e as postagens dela nas redes sociais, além de ter se calado após pressentir que estava sendo suspeita. 

Nessa segunda-feira, a mãe foi novamente intimada na DP de Planalto. “Foi um depoimento exaustivo com perguntas nebulosas e ainda sem respostas. Por volta das 17h, mostrada toda a evidência dos fatos, neste momento ela mudou seu estado anímico, começou a chorar e confessou o crime, mas surpreendentemente voltou ao estado normal de tranquilidade”, avaliou. 

A mulher foi detida e está com a prisão temporária decretada. “O delegado Ercílio (Carletti, titular da DP de Planalto) pediu para que ela se deslocasse até o local onde tinha desovado e o mais surpreendente ainda é que se tratava de uma residência abandonada bem ao lado. A distância aproximada da porta dos fundos da residência até uma garagem desta casa é em torno de cinco metros de distância”, acrescentou. 

Não existe muro entre as moradias. O corpo do menino, envolto em um lençol, estava dentro de uma caixa de papelão na nessa garagem, sendo arrastado pela mãe desde a moradia da família. A criança morreu por esganadura ou asfixia mecânica.

Correio do Povo