Estado quer mais vagas em regime de semi-liberdade para jovens infratores

Depois de ver frustrada a proposta de descentralizar a Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) em troca da venda do terreno da avenida Padre Cacique, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre, a Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social, decidiu priorizar a construção de casas para o regime de semi-liberdade da instituição. Às três unidades abertas na administração anterior, somam-se quatro entregues pelo atual governo em Pelotas, Passo Fundo, Santo Ângelo e Uruguaiana.

Outras três serão concluídas em Santa Cruz do Sul e duas, em Porto Alegre. Existe ainda a possibilidade de instalação de mais uma casa em Osório, no Litoral Norte. Conforme o secretário Fernando Schüler, cada adolescente abrigado na Fase custa R$ 9 mil por mês, enquanto numa unidade de semi-liberdade esse valor fica entre R$ 1,9 mil e R$ 2 mil.

Schüler explicou também a redução no número de internos da Fase de 1.204, em 2008, para algo próximo de mil, em 2010, atribuindo o cenário a um programa voltado aos egressos. Ao adolescente que sai da Fase é oferecida bolsa de R$ 220 por mês, 800 horas de qualificação profissional, além de equipe especializada acompanhando o garoto e a família.

O secretário relatou que 167 jovens já participaram da iniciativa em Porto Alegre e que a reincidência nesses casos ficou em 8%, quando, tradicionalmente, pode chegar a 80%.