"Estamos com esperança de encontrá-los", diz irmã de pescador desaparecido em Santa Catarina

"Estamos com esperança de encontrá-los", diz irmã de pescador desaparecido em Santa Catarina

Débora Paredes é irmã de Willen Paredes, 28 anos, que desapareceu no mar na última segunda-feira, ao lado de Orlando Lemos, 78

Felipe Faleiro

Orlando e Willen são considerados pescadores experientes

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Seguem as buscas do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC) e da Marinha do Brasil aos pescadores Willen Paredes, 28 anos, e Orlando Lemos, 78, desparecidos no mar catarinense desde a última segunda-feira. Ambos saíram para pescar com mais alguns companheiros em outros barcos e não foram mais vistos desde então. As buscas por parte do CBMSC iniciaram ainda na noite de segunda, enquanto a Marinha ingressou no grupo de salvamento na quarta.

Segundo a irmã de Willen, Débora Paredes, criadora da vaquinha virtual para auxiliar em recursos para custear recursos de emergência, a exemplo de aeronave, equipe de mergulho, bem como despesas de deslocamento, o envolvimento dos familiares e amigos é total. "Não tem sido fácil estes dias, mas estamos com bastante esperança de encontrá-los", afirmou ela.

Débora relatou que Orlando nasceu na Praia dos Ingleses, em Florianópolis, capital catarinense, e é pescador há mais de seis décadas. Já Willen é do bairro Vargem Grande, também em Florianópolis, e pesca desde os 15 anos. "Ambos têm bastante experiência no mar", afirmou ela. "Da parte do Willen, eu e minha mãe estamos recebendo informações e repassando a outros familiares, além da esposa dele".

Dois amigos do rapaz também estão auxiliando na busca, sendo um deles também pescador e igualmente experiente no mar, e o outro bombeiro. "Eles têm sido de grande ajuda para nossa família. Os dois também estão em contato com a família do Orlando, repassando informações para a família dele." Ainda conforme a irmã, Willen "é muito amado pelas pessoas". "Isso faz com que muitos queiram ajudar na busca. Por isso fizemos a vaquinha, é uma forma dessas pessoas conseguirem ajudar e também um apoio aos Bombeiros e Marinha."

O CBMSC, em nota, relatou que as buscas a ambos estão concentradas na região norte da Ilha de Santa Catarina, nos arredores das Ilhas dos Moleques do Norte, Ilha do Badejo e Ilha das Aranhas, locais sugeridos pela Marinha para onde eles possam ter se dirigido. "Sob coordenação do Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil (SALVAMAR SUL), o CBMSC trabalhou diariamente realizando buscas aéreas e marítimas, por meio de aeronaves de asa rotativa (helicóptero), asa fixa (avião), aeronave remotamente pilotada (Drone), bem como embarcação de resgate e moto aquática", informou a corporação.

Ao menos uma empresa de táxi aéreo, a Camejo, do Rio Grande do Sul, também se juntou às buscas, oferecendo uma aeronave e profissionais. A família de Willen relata que "há uma possibilidade" de que ambos possam ter ido na direção do Rio Grande do Sul, em uma área a 100 quilômetros a leste de Capão da Canoa, segundo mapas náuticos. "Segundo os cálculos que eles (Bombeiros e Marinha) fizeram, pode ter uma possível derivação para o Rio Grande do Sul", disse Débora. Questionado, o CBMSC não confirma esta informação.


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