Estelionatária vendia almofada "milagrosa" por R$ 1 mil
Mulher atuava no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina
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Conforme a titular da Delegacia para Mulher (Deam), delegada Paula Roberta de Oliveira, a suspeita atuava em diversas cidades da região Metropolitana e Interior gaúcho e também em Santa Catarina. "Ela vendia as almofadas térmicas como se fossem resolver dores na coluna, entre outros problemas de saúde e convencia os compradores a permitir desconto nos benefícios previdenciários", explicou.
Em 2007, a ação foi descoberta pelo Ministério Público do Estado, que suspendeu a venda do produto, assim como o desconto nos pagamentos dos idosos, e instaurou inquérito para investigar a publicidade enganosa. A partir de então, centenas de ocorrências policiais foram registradas contra a acusada. O número de lesados, porém, deve ser bem superior, conforme a delegada, já que várias pessoas optaram por não comunicar o golpe à polícia.
Segundo reclamações de consumidores, eram oferecidos colchões e almofadas fisioterápicas e ortopédicas que teriam propriedades terapêuticas. Cópias de documentos e assinatura de outros eram solicitadas, com a promessa de que quem pagaria pela aquisição dos produtos, cujos preços variavam de R$ 600 a R$ 1,5 mil, seria o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Na verdade, o parcelamento oferecido consistia em financiamento bancário, com desconto automático em seus benefícios previdenciários. Foi apurado que vários dos lesados eram analfabetos, que celebraram contratos de financiamento bancário sem saber.