Exército investiga desaparecimento de 21 metralhadoras na Grande SP

Exército investiga desaparecimento de 21 metralhadoras na Grande SP

Armamentos de alto calibre aguardavam manutenção quando discrepância foi percebida em Barueri

AE

Armamento pode ser usado para ataques a carros-forte

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O Exército investiga o sumiço de 21 metralhadoras do arsenal do Comando Militar do Sudeste, em Barueri, na Grande São Paulo. A ausência do armamento, 13 metralhadoras calibre .50 e oito calibre 7,62 mm, foi notada durante uma inspeção no local na terça-feira. Segundo o Exército, o material era inservível e tinha sido recolhido para manutenção.

O caso não é tratado oficialmente como roubo ou furto na nota emitida nesta sexta-feira. O Comando Militar do Sudeste disse ter instaurado um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do fato. O Exército descreveu a ocorrência como "uma discrepância no controle" das armas e disse ter tomado todas as providências para investigar o caso.

Metralhadoras calibre .50 são equipamentos de alto interesse de grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que é conhecido por "alugar" armas de alto calibre para assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias. Em 2016, o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi realizado com uso desse armamento pesado.

Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960. "O FAL utiliza a munição 7,62x51mm NATO, que concede ao armamento uma alta precisão no engajamento dos alvos e grande letalidade", descreve um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio. A análise acrescenta que a partir de 2017 teve início uma substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.

 


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