Exército investigará furto de armas em museu no Litoral Norte

Exército investigará furto de armas em museu no Litoral Norte

Crime ocorreu no Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osório, no km 101 da ERS 030

Correio do Povo

Soldado foi desligar a luz geral do museu e deparou-se com um buraco após a remoção de tijolos da parede dos fundos do prédio

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O titular da DP de Tramandaí, delegado Paulo Perez confirmou nesta quarta que a investigação sobre o furto de oito armas históricas no anexo do Museu das Armas no interior do Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osório, no km 101 da ERS 030, no município de Tramandaí, no Litoral Norte, ficará com o próprio Exército Brasileiro. Porém, a Polícia Civil está à disposição em uma eventual ajuda. Ainda na terça-feira, um papiloscopista do Instituto-Geral de Perícias foi acionado e compareceu no local. “Neste tipo de investigação de furto o que interessa é a coleta de vestígios, principalmente digitais”, observou. “Houve o arrombamento de uma sala anexa ao museu, chamado de reserva técnica. Fizeram um buraco na parede dos fundos no final da noite de segunda-feira e foi verificado isso no dia seguinte, depois do meio-dia pois não é usada habitualmente”, explicou.

De acordo com o CMS, o Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osório é um sítio que se destina à preservação e divulgação da história do patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, Marechal Osório. “As principais atrações do local são a casa onde o patrono nasceu e o mausoléu com seus restos mortais. Outro destaque é o Museu das Armas Históricas com inúmeras peças em exposição”, destacou. “O parque recebe visitantes de todo país em busca de história e lazer. O espaço conta com área para camping, churrasqueiras, lagos, pistas de esportes, parquinho infantil e outras atrações em área preservada”, ressaltou o CMS na nota oficial à imprensa. No Museu de Armas estão expostas mais de 800 peças de armamento e de artefatos militares que remontam aos séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, bem como algumas das principais guerras e batalhas das Forças Armadas Brasileiras, como a Guerra contra Rosas, a Guerra do Paraguai, 1ª e 2ª Guerras Mundiais. O acervo possui uma quantidade significativa de peças tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O Comando Militar do Sul (CMS) do Exército Brasileiro divulgou nota oficial à imprensa sobre o furto. “As peças em questão se tratam de itens de museu, que se encontravam em reserva técnica. Ainda assim, a mobilização necessária para a recuperação das peças históricas e esclarecimento das circunstâncias do ocorrido já estão acontecendo. Serão evitadas suposições ou especulações pois tendem a prejudicar as investigações”, informou. “Acrescentamos que o sistema de alarme estava em funcionamento e não foi disparado, o sistema de câmeras também está ativo”, diz a nota.

A Brigada Militar foi quem primeiro atendeu a ocorrência no local no início da tarde desta terça-feira. Os policiais militares souberam que um soldado foi desligar a luz geral do museu e deparou-se com um buraco após a remoção de tijolos da parede dos fundos do prédio. Houve a constatação do furto de duas metralhadoras calibres 7,62 da marca Browning; duas submetralhadoras calibre 45 da marca Thompson; duas metralhadoras calibre 45 da marca INA; um revólver calibre 32 importado; e um revólver calibre 44 importado; além de munição velha de vários calibres como 32 e 38. Distante em torno de 50 metros havia uma caixa de madeira vazia jogada no chão.


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