Ex-empregada relata ambiente ruim entre pais de Bernardo
Mulher revelou à Polícia Civil que viu guardar arma em cofre horas após morte da patroa
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Nelci trabalhou por um 1 ano e 4 meses na residência e disse que saiu do emprego quatro meses após a morte de Odilaine, em junho. “Eu pedi para sair, não conseguia conviver com a Graciele. Eles falavam mal dela (de Odilaine) e eu não aceitava. Também não deixavam o menino tocar no nome da mãe.” Ela também ficou desgostosa pelo fato de ter sido retirada de função de babá de Bernando. “A Graciele falava que eu mimava demais ele.” Após a morte da patroa, Nelci contou que o ambiente da casa mudou. “Ficou um vazio. Ela era muito divertida, nunca foi uma patroa. Era amiga, compreensiva, ajudava o próximo. Parecia uma pessoa carente. Eu me sentia parte da família”, relata.
A morte de Odilaine foi antecedida por uma discussão entre o casal, após Leandro pedir o divórcio, que seria assinado um dia depois, explica a ex-empregada. “Eles discutiram bastante no horário do almoço. O Leandro tinha que sair às 13 horas, mas antes de ir embora disse para mim prestar atenção nos meninos (um amigo de Bernardo tinha ido visitá-lo).” Ainda segundo a empregada, Leandro deu um recado para Nelci. “Se acontecesse uma tragédia era para ligar para o 191 ou 193, pois ele estava cansado de chantagem.”
A empregada aguardou um pouco e subiu até o quarto de Odilaine. “Estava escuro e encontrei ela transtornada. Disse que ele tinha escolhido o que era bom para ele e que ela não queria mais viver. Eu disse: ‘Credo, hoje tem que pensar no Bernardo’. Depois me fez jurar que eu iria cuidar do Bernardo.”
Em seguida, Odilaine desceu do quarto e foi em uma padaria e voltou para casa, onde fez um lanche. Logo após, saiu novamente. Cerca de 15 minutos depois, veio a notícia que ela estava morta.