Facção alvo de operação em Porto Alegre tem estatuto próprio e tribunal do crime

Facção alvo de operação em Porto Alegre tem estatuto próprio e tribunal do crime

Um dos objetivos era dividir áreas territoriais de Porto Alegre

Correio do Povo

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A operação Senhores do Altomonte, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira em Porto Alegre, combate a facção criminosa "Família do Sul", que tem seu próprio estatuto e contava com um tribunal do crime. 

Segundo informações da Polícia Civil, a intenção do grupo era reunir facções menores e dividir áreas territoriais de Porto Alegre. O objetivo era aumentar o lucro oriundo do tráfico de drogas e desviar o foco das autoridades das lideranças já identificadas.

A investigação teve a duração de aproximadamente um ano e meio e apurou que traficantes, atuantes na Vila Cruzeiro e na Vila Jardim, ostentavam o poderio bélico e promoviam o comércio ilegal de arma de fogo, cujo valor dos armamentos variavam de R$ 3 mil a R$ 100 mil. Os armamentos seriam utilizadas na guerra entre facções rivais instalada em Porto Alegre e região metropolitana e na prática de crimes patrimoniais.

Conforme a Polícia Civil, o grupo seria responsável pelo maior esquema de comércio ilegal de armas de fogo do Rio Grande do Sul, sendo o principal responsável pela importação ilegal, para o Rio Grande do Sul, de armamentos de grosso calibre como fuzis e metralhadoras, vindos de países vizinhos.

A investigação mostrou que as principais facções criminosas do Estado têm interligação e intermediam a compra de armas e drogas entre si, formando consórcios, inclusive, fazendo acordos em determinadas áreas de comunidades distantes e centrais em Porto Alegre para exploração das regiões sem conflitos. 


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