Facção que se apossou de condomínio popular é alvo da Polícia Civil em Viamão

Facção que se apossou de condomínio popular é alvo da Polícia Civil em Viamão

Investigação da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) apontou tráfico de drogas e execuções no conjunto habitacional no bairro Vila Augusta

Correio do Povo

Operação cumpriu 29 ordens judiciais

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O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira a operação Retomada contra uma facção criminosa que se utiliza de um conjunto habitacional popular para o tráfico de drogas. Moradores eram obrigados a cederem os imóveis para abrigar foragidos, armazenar entorpecentes e permanecerem calados.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Viamão, sob comando da delegada Caroline Jacobs. Os agentes apuraram que duas execuções foram registradas em outubro deste ano no local.

A ação contou com o apoio da Brigada Militar. Mais de 100 policiais civis e militares cumpriram 29 ordens judiciais, sendo três mandados de prisão preventiva e 26 mandados de busca e apreensão em Viamão e Porto Alegre.

O principal alvo foi no próprio condomínio habitacional, situado no bairro Vila Augusta. Um suspeito já foi detido e entorpecentes, pinos vazios, balanças de precisão e telefones celulares foram recolhidos.

Os mandados de prisão preventiva foram direcionados aos autores das execuções em outubro. Uma das vítimas foi um idoso. Ele foi retirado do imóvel, amarrado, agredido a golpes de barra de ferro e morto com três tiros na cabeça. O trabalho investigativo apontou que o idoso teria sido rude com algumas crianças, sendo as queixas levadas até a liderança do tráfico de drogas no local.

Três dias depois, o porteiro do condomínio foi vítima de tentativa de homicídio, recebendo um tiro no tórax enquanto trabalhava na guarita. Apesar de a investigação ainda não ter apurado autoria do crime, a equipe da DPHPP de Viamão acredita que existem fortes indícios de relação com o assassinato do idoso para evitar depoimentos ou testemunhos.

Foto: PC / Divulgação / CP


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