Família de Teréu processará Estado e juiz após morte do traficante
Irmã alega que autoridades sabiam do risco que era sua presença na Pasc
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O juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska, salientou que quando o homem entrou no Presídio Central houve uma “grande agitação” dos presos e surgiram rumores que ele poderia ser morto. “Mas não na galeria onde ele estava, onde se considerava seguro, mas em um trajeto dentro do presídio, nos corredores, por exemplo.”
A Vara de Execuções Criminais (VEC) também recebeu a informação que alguns presos “receberam a incumbência” de avisar quando Teréu “colocasse o pé para fora da galeria”. O juiz observa que também havia risco da permanência dele ali e por isso a direção do Central decidiu pela transferência dele para a Pasc em uma garantia de manter a integridade. O juiz salienta que veio a possibilidade de transferi-lo de volta para o Central, o que acabou sendo negado pela direção da casa prisional. Também foi solicitado a transferência para a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), próximo da Pasc, o que também foi deferido.
Não havia agentes penitenciários dentro do refeitório, conforme o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre, Sidinei Brzuska. Já o diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Mário Pelz, salientou que os servidores da Susepe acompanhavam o que se passava no refeitório por uma câmera e quando chegaram ao local Teréu já estava morto. Ele destacou que uma sindicância será aberta pela Corregedoria da Superintendência para apurar o que ocorreu da abordagem do homem até a chegada dos agentes.
Peltz observou que outros apenados participaram indiretamente no crime, inclusive na tentativa de bloquear a visão dos agentes que estavam na sala de controle da câmera, chamada de inspetoria. O diretor da Susepe não divulgou o número de apenados envolvidos na ação, mas salientou que eles foram identificados ainda na tarde de ontem e encaminhados para isolamento preventivo, onde devem permanecer por 10 dias.
O juiz destaca que está já é a terceira morte no refeitório. Já o diretor da Susepe reforça que os outros dois incidentes motivaram a instalação da câmera no local.