Famurs critica remoção de 400 PMs do Interior do Estado
Entidade destacou que várias cidades do RS têm apenas dois policiais militares atuando por turno
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Nesta quarta-feira, a Brigada Militar deve apresentar oficialmente os 400 policiais militares vindos do Interior para Porto Alegre. O objetivo, de acordo com o comando da BM, é reforçar o combate ao crime na Capital e na Região Metropolitana.
Conforme a Famurs, um grupo de cem PMs foi retirado de Passo Fundo, o que “prejudica as atividades da corporação na região” A insatisfação é de todos os prefeitos. “Nós precisávamos que viessem mais cem policiais para a nossa região ao invés de tirarem”, reclamou o presidente da Associação dos Municípios do Planalto (Ampla) e prefeito de Ciríaco, Arlindo Lopes. A necessidade de aumento de efetivo, assinalou Lopes, é pauta de uma reunião com o governo no próximo dia 23. “Com essa decisão, o Estado não vai resolver o problema de Porto Alegre e vai criar um problema ainda maior no interior do RS”, afirmou Lopes.
O vice-presidente da Famurs, Marcelo Schreinert, afirmou que a saída de 400 PMs do Interior agravará a situação de insegurança nas cidades gaúchas. “A solução para o problema da criminalidade na Região Metropolitana não está na remoção de policiais do Interior”, protestou. A região Centro também sofrerá perdas no efetivo. De acordo com a Famurs, 75 brigadianos são oriundos de Santa Maria.
Conforme o vice-presidente da Famurs, as cidades menos populosas estão sendo alvo de sucessivos ataques de quadrilhas. No mês de março, segundo Schreinert, foram registrados assaltos a bancos em pelo menos duas cidades da Região Noroeste. No dia 2 deste mês, o prefeito de Ibirapuitã, Rosemar Hentges, chegou a ser levado como refém pelos bandidos após assalto a uma agência bancária do município. No dia 8, foi a vez de Fontoura Xavier. Criminosos assaltaram duas agências e utilizaram reféns como escudo para fugir.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a “transferência dos PMs para a Capital é temporária”. De acordo com a SSP, os comandos regionais terão como compensar a redução do efetivo.