Francês suspeito de ofensas racistas contra porteiro é proibido pela Justiça do Rio de sair do país

Francês suspeito de ofensas racistas contra porteiro é proibido pela Justiça do Rio de sair do país

Gilles David também não pode se aproximar de Reginaldo da Silva e deverá entregar o passaporte na 12ª DP (Copacabana)

R7

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A Justiça proibiu, nesta quarta-feira, um francês suspeito de racismo de deixar o país. O estrangeiro é investigado por ofender e agredir o porteiro do prédio onde mora em Copacabana, zona sul do Rio. Por decisão do plantão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio, Gilles David Teboul também não pode se aproximar do funcionário do condomínio e terá que entregar o passaporte na 12ª DP (Copacabana) — a delegacia é responsável por apurar os crime de ameaça, lesão corporal e injúria contra Reginaldo Silva.

O caso aconteceu no último 26 de junho. As câmeras de segurança do condomínio registraram o momento em que o francês discute com o trabalhador. A juíza Maria Izabel Pena ressaltou que, apesar de não ter registro de som, é possível perceber a agressividade de Gilles nas imagens.

Em entrevista à Record TV Rio, Reginaldo contou que o estrangeiro reclamou que a porta do elevador estava aberta e afirmou que ele não tinha capacidade para exercer a função. Em seguida, disse que o porteiro era "um negro".

Reginaldo relatou ter sido ameaçado pelo suspeito, mesmo depois de a polícia ter sido acionada. Uma moradora que presenciou parte das agressões disse, na delegacia, que viu quando Gilles deu um tapa no rosto do porteiro e o chamou de "preto, fedorento e macaco". A testemunha afirmou que, ao perceber a presença dela e de outra moradora, o francês interrompeu as ofensas, saiu do local e subiu para o seu apartamento.

Os policiais militares que atenderam a ocorrência também disseram que o suspeito confirmou ter agredido o porteiro, mas que ele se negou a ir até a delegacia após alegar motivos de saúde. Os policiais civis também foram ao apartamento do estrangeiro, que não assinou a intimação e faltou ao depoimento. Segundo informações da polícia, Gilles teria relatado problemas de locomoção para se deslocar até a delegacia.  O R7 tenta localizar a defesa do suspeito.


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