Fraude em prefeitura de Veranópolis causa prejuízo de R$ 250 mil, diz Polícia Civil

Fraude em prefeitura de Veranópolis causa prejuízo de R$ 250 mil, diz Polícia Civil

Agentes públicos e produtores rurais acertavam uso e pagamento de máquinas antes de receber da prefeitura

Correio do Povo

Fraude em prefeitura de Veranópolis causa prejuízo de R$ 250 mil, diz Polícia Civil

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A Operação Fango, deflagrada nesta segunda-feira com o objetivo de combater crimes contra a administração pública na prefeitura de Veranópolis, na região Nordeste do Rio Grande do Sul, apurou um prejuízo de pelo menos R$ 250 mil ao erário municipal entre 2014 e 2016, segundo informações da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEAT). A ofensiva, que cumpriu mandados na sede da administração, em uma empresa e na casa de suspeitos, também combateu os crimes de estelionato e associação criminosa. 

Delegado adjunto da DEAT, Max Otto Ritter, afirmou que foram cumpridos 13 ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão e as demais de indisponibilidade de bens dos investigados. "A investigação teve início no final do ano de 2016, a partir de denúncias de irregularidades envolvendo a prestação de serviços de horas-máquina por empresa contratada pela prefeitura, os quais são subsidiados com recursos próprios do município, por meio de política pública desenvolvida pela Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, para beneficiar produtores rurais", contou. 

A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público indicou que haveria uma combinação entre agentes públicos e produtores rurais no acerto do uso e pagamento de horas-máquinas de retroescavadeiras aos agricultores, para que estes certificassem o uso a maior do serviço efetivamente prestado. Os investigadores não descartam que alguns dos trabalhos mencionados não tenham sido executados. 

O promotor de justiça, Lucio Favo Miotto, destacou que o trabalho realizado em conjunto é essencial à repressão de crimes de todos os tipos, ainda mais quando trata-se de crimes contra a administração pública, especialmente no interior, "São as investigações por improbidade administrativa e a criminal caminhando juntas de modo a conseguir melhores resultados no combate à corrupção", acrescentou o promotor.

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