Fuga de traficantes não afeta pacificação no Rio, diz Beltrame
Secretário de Segurança avaliou ocupação do Complexo São Carlos neste domingo. Veja fotos
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Segundo ele, é preferível que os traficantes saiam e o Estado retome a função de segurança no local do que entrar nas favelas às custas de vidas inocentes. “Nós não temos o direito de errar. Cada trabalho desse tem de ser feito de uma única vez e nós não vamos entrar de maneira atabalhoada, porque dentro de um lugar x tem escondido um fulano de tal”, afirmou.
O secretário explicou que o anúncio feito pelo governador Sérgio Cabral de que o Complexo de São Carlos seria ocupado - o que pode ter ocasionado as fugas - não prejudica em nada o planejamento das operações. “A inteligência (da Secretaria de Segurança) já nos deu um aceno bom com relação ao deslocamento desses criminosos para outras áreas. É preciso que se entenda que há 30 anos o Rio de Janeiro tem esse tipo de problema. Esse processo todo é um filme e, no final, nós vamos ter um resultado positivo”, afirmou.
Beltrame ressaltou ainda que o objetivo da operação é ocupar o território e fazer com que a guerra entre facções rivais acabe. Segundo ele, a prisão dos líderes desses grupos e a apreensão de armas e drogas são aspectos importantes, mas a prioridade “é obter esses territórios sem aumentar estatísticas de balas perdidas, de auto de resistência e homicídio ou ferimento em qualquer pessoa civil”.
O secretário enfatizou que os líderes das facções serão procurados fora de seus redutos, porque ficam mais expostos e a polícia está atenta a esta movimentação. “Somente após a ocupação do Complexo do Alemão, mais de uma centena de criminosos foram presos em outras regiões da cidade”, lembrou.
Beltrame disse também que a Rocinha, em São Conrado, na zona Sul da cidade, será ocupada, mas não fixou data para a entrada das forças de segurança na comunidade. “(A ocupação) está dentro de um planejamento das 40 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que serão instaladas em áreas de conflito.”
Assista ao vídeo: