Funcionário do Inter que representava Saci é indiciado por importunação sexual

Funcionário do Inter que representava Saci é indiciado por importunação sexual

Homem de 30 anos foi indiciado após denúncias de repórter e de torcedora do clube

Marcel Horowitz

Ator que interpretava Saci do Inter foi indiciado por importunação sexual

publicidade

A Polícia Civil anunciou, nesta quinta-feira, a conclusão do inquérito sobre a conduta do funcionário do Inter que interpretava o mascote Saci. Ele foi indiciado por importunação sexual de uma repórter e de uma torcedora do clube. Os dois fatos teriam ocorrido no dia 25 de fevereiro, durante o Gre-Nal, no Beira-Rio.

De acordo com a titular da 1ª Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Cristiane Ramos, foram analisadas imagens das câmeras de segurança e fotos. O inquérito também teve como base depoimentos de testemunhas, das vítimas e do investigado.

“Com base nos elementos colhidos durante o trâmite do procedimento, foi constatado que o suspeito cometeu o crime de importunação sexual contra as duas vítimas”, afirmou a delegada.

O indiciado tem 30 anos e não possuía antecedentes criminais. De acordo com o Inter, ele está afastado das funções. Uma mulher interpretou o Saci, no último dia 9, no jogo contra o São Luiz de Ijuí.

Relembre o caso

As duas denúncias contra o funcionário afastado se referem ao último Gre-Nal. Um dos fatos teria ocorrido antes do início da partida e o outro, durante o jogo.

Uma torcedora do Inter conta que aguardava o começo da disputa, na arquibancada, quando pediu para fazer uma foto com o ator fantasiado. O homem então teria agarrado com força, primeiro a cintura e depois os braços dela, antes de proferir uma frase de conotação sexual. Ele teria dito que ‘se sentia um adolescente na puberdade’.

Segundo a delegada Cristiane Ramos, as imagens registradas pela vítima comprovam que uma das mãos do funcionário encosta na área dos seios da torcedora. Após o ocorrido, a vítima diz que se sentiu mal e não conseguiu permanecer no estádio.

A outra denúncia foi feita pela jornalista Gisele Kümpel, que cobria o jogo pelo Canal Monumental. De acordo com a versão dela, o suspeito a agarrou e beijou, repetidamente, após um gol do Inter. Antes disso, ele ainda teria feito gestos e insinuações durante a partida.

Após o caso, a Justiça concedeu medida protetiva de urgência à comunicadora. Foi determinado que o suspeito precisa manter distancia mínima de 300 metros dela. Ele também está proibido de qualquer contato e mesmo de mencioná-la nas redes sociais. O descumprimento da medida pode acarretar em prisão.

O Correio do Povo tentou ligar e também enviou mensagens ao investigado mas, até o momento, não houve retorno. O espaço permanece aberto.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895