Gaúcha que denunciou rede de prostituição no Pará pode receber proteção policial

Gaúcha que denunciou rede de prostituição no Pará pode receber proteção policial

Mulheres eram atraídas pela promessa de receber R$ 14 mil para trabalhar na Usina de Belo Monte

Samantha Klein / Rádio Guaíba

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A adolescente de Marau que denunciou um esquema de tráfico de pessoas, prostituição e cárcere privado no Pará poderá receber proteção policial. Ela já foi retirada da zona rural de Vitória do Xingu, onde havia ao menos 17 mulheres e um travesti aliciados em estados do Sul e Centro-Oeste. A Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República ainda avalia a necessidade de colocar a jovem no Programa de Proteção à Criança e o Adolescentes Ameaçados de Morte.

O crime foi denunciado depois que a menina, de 16 anos, fugiu, nesta semana, de uma casa de prostituição. Ela e amigas foram atraídas pela promessa de receber R$ 14 mil por semana para trabalhar nas obras da Usina de Belo Monte. No entanto, ao chegarem, foram obrigadas a se prostituirem para pagar dívida que acumulava passagem aérea e alimentação.

Dois gaúchos supostamente envolvidos no esquema foram presos na boate onde a jovem de Marau era mantida em cárcere privado. Um deles é de Cruz Alta e o outro de Nova Roma do Sul. Conforme a Polícia Civil, eles foram responsáveis pela gerência da casa de programas sexuais.

A Polícia Civil continuou a operação em outras cinco boates nesta sexta-feira. Na ação, 14 mulheres foram resgatadas e quatro boates fechadas por indícios de prostituição. O delegado superintendente regional do Xingu, Cristiano Nascimento, afirmou que os proprietários dos estabelecimentos serão convocados para depor. “Vamos intimá-los e poderemos pedir a prisão deles no final do processo”, explicou.

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