Gabriel morreu por hemorragia interna provocada por objeto contundente, diz laudo
Jovem já estava sem vida quando foi jogado em açude na cidade de São Gabriel
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A Secretaria da Segurança Pública do Estado, a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) concederam entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira e apresentaram as últimas apurações sobre a morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, ocorrida em São Gabriel. Segundo o laudo de perícia, ele morreu por hemorragia interna, provocada por um objeto contundente. O sangramento ocorreu a partir de golpes dados na coluna cervical, na região da nuca.
Em entrevista coletiva, as autoridades relataram que Gabriel já estava morto quando foi deixado em um açude em São Gabriel, o que descarta a hipótese de morte por afogamento. A diretora-geral do IGP, Heloísa Helena Kuser, leu alguns trechos do documento. "Conforme o laudo de necropsia, a morte de Gabriel ocorreu por perda sanguínea causada por ruptura de vaso na região cervical, com sinais de ação por instrumento contundente, ou seja, uma hemorragia interna", afirmou. "Mesmo com o corpo encontrado imerso água, não há nenhum sinal de afogamento. Pulmão, traqueia e estômago sem líquido, sugerindo que a morte ocorreu antes da submersão", acrescentou.
O Inquérito Policial Militar (IPM) feito pela Brigada Militar (BM) será finalizado ainda nesta segunda-feira, enquanto a investigação da Polícia Civil (PC) será concluída na próxima quinta-feira. Inicialmente, a apuração aponta para, em tese, homicídio doloso, com várias qualificadoras, além do cometimento de crimes militares.
Participaram o secretário da Segurança Pública, Vanius Cesar Santarosa, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Claudio dos Santos Feoli, a diretora-geral do IGP, Heloísa Helena Kuser, e o chefe da Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes, na sede da SSP, no bairro Tristeza, em Porto Alegre.
Foto: Ricardo Giusti
O caso
Gabriel estava desaparecido há uma semana e foi encontrado morto em um açude, na localidade de Lava Pé. O jovem de 18 anos, morador de Guaíba, estava na Fronteira Oeste para prestar serviço militar obrigatório. As investigações apontam que ele foi abordado pelos três policiais e levado na viatura. Depois disso, não foi mais visto com vida.
