Ganhador da Mega morto em SP era simples e não mudou a rotina após prêmio, relatam familiares

Ganhador da Mega morto em SP era simples e não mudou a rotina após prêmio, relatam familiares

Vítima saía de casa todos os dias por volta das 20h de chinelo de dedo, bermuda, regata e boné, e alimentava cachorros na rua

R7

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O ganhador da Mega-Sena assassinado em Hortolândia, no interior de São Paulo, era um homem simples que não mudou a rotina após ganhar R$ 47 milhões, em 2020, de acordo com a família. Jonas Lucas Alves Dias, conhecido como "Luquinhas" na vizinhança onde morava, foi achado com sinais de tortura nessa quarta-feira em uma alça de acesso da rodovia dos Bandeirantes, mas morreu no hospital.

Segundo relatos da família, ele teria pedido demissão no trabalho de vendedor que tinha na cidade de Campinas quando recebeu o prêmio, e compartilhou com os amigos o dinheiro que recebeu da rescisão. Todas as pessoas da região onde Jonas Lucas morava sabiam que ele era milionário.

O delegado responsável pelo caso, Kleber Altale, afirmou ao Balanço Geral que, no início das investigações, nenhuma informação é descartada e todas as linhas estão sendo consideradas. A vítima não teria tomado cuidado com a segurança do dinheiro que ganhou na Mega-Sena, segundo Altale: “Tudo leva a crer a isso, que realmente não tinha essa preocupação”.

Amigos relataram que ele não andava com o celular, apenas com o cartão de débito. A vítima saía de casa todos os dias por volta das 20h de chinelo de dedo, bermuda, regata e boné. Levava também duas garrafas pet com água e saquinhos com ração para cachorros para alimentá-los. Depois, ele se encontrava com amigos em um bar.

Desaparecimento

Jonas desapareceu na terça-feira. A família registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia. Segundo a investigação, na data do sumiço, Jonas entrou em contato com a gerente do banco para transferir R$ 3 milhões, mas a transação não foi autorizada.

Horas depois, a vítima realizou dois saques no valor de R$ 1.000 e fez um Pix no valor de R$ 18.600. Segundo informações da polícia, as transações teriam acontecido na agência física do banco, localizada a 14 quilômetros da casa da vítima.

Dados da conta para onde o dinheiro foi transferido e câmeras de segurança do local devem ajudar na investigação. Até o momento, ninguém foi preso. O celular e o cartão da vítima ainda não foram encontrados. 


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