Geólogo preso na Operação Concutare deixou o cargo público há 10 dias

Geólogo preso na Operação Concutare deixou o cargo público há 10 dias

Fepam também precisará afastar dois servidores por ordem da Polícia Federal

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

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Dos três servidores públicos envolvidos na Operação Concutare que a Justiça Federal mandou afastar dos cargos a pedido da Polícia Federal, um já havia sido desligado das funções e os outros dois devem ser afastados nas próximas horas. Um geólogo do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e dois servidores da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) aparecem entre os 18 detidos pela Operação Concutare, da PF, que deflagrou um suposto esquema para acelerar a liberação de licenças ambientais, nos âmbitos do Estado e da Prefeitura de Porto Alegre em troca do pagamento de propina.

De acordo com o escritório do DNPM no Rio Grande do Sul, o envolvido já havia sido afastado do cargo há mais de 10 dias. Ele foi preso por lavagem de dinheiro e solto do Presídio Central em 3 de maio. O desligamento foi confirmado em 7 de maio quando a PF encaminhou ofício ao DNPM proibindo o servidor de exercer atividades administravas até o fim do processo judicial. No Departamento desde 1978, o suspeito fazia autorização de pesquisas, análises de relatórios e fiscalização de áreas escolhidas para exploração mineral.

O superintendente do DNPM no Estado, Sérgio Bizarro, confirmou que a situação do envolvido na Operação Concutare já foi analisada pela sede do órgão. “Em Brasília eles foram notificados de tudo que está ocorrendo. Ele está afastado do exercício de suas funções até que seja esclarecido seu envolvimento”, assegurou.

Fepam terá de afastar dois servidores

Além do geólogo, a Justiça também pediu afastamento imediato de dois servidores da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O órgão foi notificado nesta sexta-feira e adiantou que a decisão vai ser cumprida, mas ainda não confirmou se os desligamentos já ocorreram.

Ao todo, 27 pessoas já foram indiciadas no âmbito da Concutare. Durante a semana, a PF pediu mais 30 dias à Justiça para finalizar o inquérito.

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