Grupo especializado em furtos contra bancos é alvo de operação em Porto Alegre

Grupo especializado em furtos contra bancos é alvo de operação em Porto Alegre

Quadrilha roubou ao menos seis agências fazendo buracos em prédios próximos

Correio do Povo

Dinheiro e documentos foram apreendidos

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Uma quadrilha especializada em arrombar cofres após abrir buracos em paredes está sendo desarticulada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil. Ao amanhecer desta sexta-feira, a 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos deflagrou Agujero em Porto Alegre e Cachoeirinha. Dois dos quatro criminosos identificados foram presos pela equipe do delegado João Paulo de Abreu. Houve o cumprimento de quatro mandados de prisões preventivas e de cinco ordens de busca e apreensão. Os agentes recolheram cinco veículos, documentos, contratos particulares de compra e venda de imóveis, dinheiro, celulares e anotações. “Através da investigação conseguimos provas suficientes”, assegurou.

De acordo com o delegado João Paulo de Abreu, a quadrilha pode ter cometido mais de 30 ataques desde 2017 em várias cidades gaúchas, algumas dos quais não passaram de tentativas. Naquele ano, um caso já confirmado pelos policiais civis ocorreu em setembro quando os criminosos invadiram um prédio ao lado da agência Santander na avenida Eduardo Prado, no bairro Cavalhada, na Capital, onde permaneceram entre os dias 23 e 24.Os bandidos abriram então “por um bom tempo” um buraco na parede entre os dois imóveis, acessando a parte traseira do cofre que foi arrombado com serra e ferramentas, sem necessidade de terem entrado dentro do banco para não acionar um eventual alarme.

Horas depois do ataque, a Brigada Militar abordaria em uma ação de rotina três dos ladrões quando trafegam com um veículo no bairro Mário Quintana. Sem saber do arrombamento, a BM apreendeu cerca de R$ 112 mil em dinheiro com o trio que acabaria sendo solto depois após registro na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento por falta de elementos que justificassem um flagrante. “Ele alegaram que o dinheiro era proveniente de transações comerciais”, recordou o delegado João Paulo de Abreu, que ao ser informado do fato na ocasião ficou desconfiado e deu início à investigação, identificando o bando.

Os dois bandidos presos nesta sexta-feira têm idade de 51 e 29 anos, possuindo antecedentes criminais inclusive pelo mesmo tipo de delito. Um deles dividiria a liderança com a quadrilha com um dos dois cúmplices que ainda permanecem foragidos e estão sendo procurados. O trabalho investigativo da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos terá prosseguimento para apurar a autoria de outros arrombamentos de cofres de bancos, inclusive dentro de estabelecimentos comerciais, sempre do mesmo modo desde 2017.

Uma das suspeitas mais recentes é do caso do arrombamento do Banrisul no bairro Rincão, em Novo Hamburgo, na madrugada da última quarta-feira. Um buraco foi aberto na parede que agência divide com uma academia na rua Rincão. O cofre, porém, não foi violado. A possível lavagem de dinheiro, com aquisição de bens e imóveis pelos indivíduos, também será apurada igualmente pelos agentes. “Vamos identificar a origem desse patrimônio e produzir mais provas”, garantiu.


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