Grupo suspeito de clonar perfis de ministros do governo Lula para aplicar golpes é alvo de operação

Grupo suspeito de clonar perfis de ministros do governo Lula para aplicar golpes é alvo de operação

Criminosos se passavam por autoridades do primeiro escalão do poder Executivo Federal

Marcel Horowitz com informações do R7

publicidade

Uma operação desencadeada nesta terça-feira pela Polícia Civil do Distrito Federal mira integrantes de uma organização criminosa que se passava por ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aplicar golpes financeiros. Os agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão no Recife, em Pernambuco, e em João Pessoa, na Paraíba.

De acordo com a corporação, os criminosos clonavam perfis de aplicativos de mensagens de autoridades do primeiro escalão do poder Executivo Federal, utilizando as imagens e nomes dessas. Ainda segundo a PC, os investigados entravam em contato com diretores e presidentes de órgãos públicos e privados, geralmente com o pretexto de ajudar outras pessoas. 

Em um dos casos apurados, por exemplo, os falsos ministros contatavam as vítimas e lhes pediam que realizassem transferências via Pix para auxiliar pessoas necessitadas. Já em outro investigado, um suspeito se passou por um ministro e entrou em contato com o presidente de uma associação comercial sediada no interior de São Paulo, pedindo que fosse feita uma transação financeira.

Até o momento, foram identificados como vítimas do grupo criminoso, entre outras autoridades, os ministros Juscelino Filho (Comunicações), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho) e Carlos Lupi (Previdência Social).

As investigações mostram também que os suspeitos tinham conhecimento das agendas das autoridades públicas pelas quais se passavam e, a partir daí, escolhiam as vítimas. A corporação conseguiu identificar dez integrantes do bando, todos residentes nos estados de Pernambuco e da Paraíba. Os policiais ainda tentam identificar o número de vítimas enganadas e de autoridades públicas utilizadas pelo grupo criminoso, bem como quantificar o total de lucro obtido com os crimes perpetrados e o destino dado a tais valores.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895