Homem é preso após decapitar companheira em Viamão

Homem é preso após decapitar companheira em Viamão

Vítima foi identificada como Maria Gualbertina de Borba de Mello, de 65 anos

Marcel Horowitz

Mulher foi decapitada dentro de imóvel na avenida Plácido Motim

publicidade

Um homem de 29 anos foi preso, nesta quinta-feira, após decapitar a companheira dentro de um imóvel na avenida Plácido Motim, em Viamão, na região Metropolitana. A vítima foi identificada como Maria Gualbertina de Borba de Mello, de 65 anos. O caso é tratado como feminicídio.

A mulher, conhecida como Beta, era proprietária do estabelecimento Frango da Tia Beta, em que vendia carnes, frango assado, polenta, bebidas e afins. Ela morava no segundo andar do comércio, onde foi morta.

O companheiro da vítima confessou a autoria do crime. A prisão ocorreu após agentes da Guarda Municipal, que guiavam uma viatura, terem avistado o homem no momento em que ele saia da residência. Ele aparentava estar desorientado e segurava uma faca suja de sangue em uma das mãos, o que chamou a atenção dos guardas.

Uma guarnição do 18º BPM foi acionada e o suspeito acabou sendo preso em flagrante. Aos soldados, ele disse que havia matado a companheira dentro de casa. Quando adentraram no imóvel, os policiais militares se depararam com o corpo da mulher, ao lado da cabeça dela. Antes de ser degolada, ela teria sido morta com pelo menos três facadas na região do peito.

Inicialmente, aos brigadianos, o preso não revelou a motivação do assassinato. A ficha criminal dele já tinha registros de agressão a outra mulher, além de passagens por roubo e ameaça. Ele cumpria pena em regime semiaberto e aguardava a instalação de uma tornozeleira eletrônica.

Já na delegacia, ele afirmou que ouviu vozes que ordenavam o assassinato da companheira. Essas mesmas vozes, ainda conforme o depoimento, supostamente diziam que ela seria responsável pela morte do pai dele. A perda do ente paterno, no entanto, ocorreu há 20 anos, quando o preso ainda não conhecia a vítima.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima costumava fazer visitas ao detento no sistema prisional. Não havia registro de ocorrências sobre violência doméstica e nem pedido de Medida Protetiva de Urgência por parte dela. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895