Homem é preso com drogas sintéticas e cactos mexicanos com propriedades alucinógenas em Porto Alegre
Suspeito foi capturado no bairro Sarandi, na Zona Norte, com cactos de origem da região central do México, conhecidos como “Peiote” e que possuem substâncias psicodélicas
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Um homem de 21 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil, durante cumprimento de busca e apreensão que tinha como principal alvo o jovem, morador do bairro Sarandi, na Zona Norte da Capital. A prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira após 45 dias de investigação e identificação do indivíduo como responsável pela distribuição de drogas sintéticas em eventos em Porto Alegre e região metropolitana.
As investigações foram conduzidas pelo delegado Gabriel Borges, titular da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DIN/Denarc).
Segundo Borges, a investigação iniciou a partir do monitoramento do suspeito e, com o avançar da investigação, foram constatados os prováveis locais de armazenamento dos entorpecentes. Diante das informações foram obtidos, junto à Justiça, dois mandados de busca e apreensão domiciliar em Porto Alegre. No cumprimento das ordens judiciais vinculadas ao suspeito, ele foi localizado num dos imóveis.
Durante as buscas os policiais localizaram 66 comprimidos de ecstasy, 18 pontos de LSD, balanças e telefones celulares. Segundo a polícia, o que mais chamou a atenção foi a apreensão de cactos de origem da região central do México, conhecidos como “Peiote”. A planta possui flores, não apresenta espinhos e sua peculiaridade é conter mescalina, uma potente substância psicodélica.
Essa substância possui efeitos alucinógenos e psicoativos. De acordo com a Polícia Civil, em determinados locais a substância é utilizada em rituais religiosos, mas, no contexto da investigação, o item tinha a finalidade de integrar a venda de drogas sintéticas. A substância pode ser consumida por ingestão, em pasta, ou até mesmo em infusão em chás. Os efeitos psicoativos são gerados cerca de uma hora após o consumo e podem perdurar por até dez horas.
Conforme a investigação, o jovem preso não tinha antecedentes criminais. Ele conduzido ao Denarc para formalização do procedimento e colocado à disposição da Justiça para responder criminalmente pelos seus atos.
O delegado ressalta os efeitos nocivos dos itens apreendidos. “Entorpecentes de origem desconhecida no organismo humano, podem gerar alucinações, sinestesia, taquicardia, surtos psicóticos e, em alguns casos, pode levar a óbito”, relata Borges.
A ação deflagrada integra a estratégia da Polícia Civil de intensificar as ações e investigações contra o tráfico de drogas, em busca de lideranças e da descapitalização das organizações criminosas. Ainda segundo a investigação, o trabalho prossegue para identificar a rota de entrada deste tipo de substância no Rio Grande do Sul.
