Homem morre durante atendimento de ocorrência no Palácio da Polícia, em Porto Alegre

Homem morre durante atendimento de ocorrência no Palácio da Polícia, em Porto Alegre

Falecimento ocorreu na 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, na madrugada desta quinta-feira

Correio do Povo

BM acalmou ânimos na avenida Bento Gonçalves, onde entregadores cercaram veículo do chefe

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Um homem, que atuava como operador logístico de um aplicativo de fast food, morreu na madrugada desta quinta-feira durante o atendimento de uma ocorrência nas dependências da 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA), no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Um incidente envolvendo ele e motoboys havia ocorrido antes na avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon, quando o Dodge Journey R/T, de cor prata, modelo 2011, dirigido por ele, foi cercado pelos motoqueiros. O pára-brisa do veículo ficou quebrado. Policiais militares do 19º BPM tiveram de conter os ânimos.

Os entregadores foram cobrar do operador logístico o pagamento que alegavam não estar sendo realizado. “Tem duas versões...A primeira versão é de que quando os motoqueiros foram cobrá-lo, ele teria tocado o carro por cima de um dos motoqueiros e, causado lesões em um deles...Por isso, os motoqueiros também foram até a 2ª DPPA para fazer o registro dessas lesões”, relatou o Chefe de Polícia Civil, delegado Fábio Lopes, nesta manhã à reportagem do Correio do Povo.

O operador logístico também compareceu na 2º DDPA para registrar uma ocorrência de danos ao veículo que teria sido causado pelos motoboys com os capacetes. “E aí ele começou a passar mal...foi acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), tentaram reanimá-lo e ele acabou falecendo”, contou o delegado Fábio Lopes, acreditando que houve algum mal súbito.

A Polícia Civil confirmou a abertura de um inquérito sobre o caso. “A morte natural dele será apurada no contexto desta confusão que houve na rua, mas não terá um inquérito específico. Ninguém foi algemado, ninguém foi preso”, resumiu o Chefe de Polícia Civil. A causa do óbito será esclarecida pelo Instituto-Geral de Perícias.

O advogado Felipe Carmona, do Sindimoto/RS, informou que a entidade vai acompanhar o inquérito da Polícia Civil e que está entrando com uma ação judicial para garantir o pagamento salarial de cerca de 50 motoboys, que estão sem receber o dinheiro há aproximadamente um mês. “Eles trabalham 12h,14h,16h por dia para ter algum rendimento...e chega no final do mesmo e não têm salário”, sintetizou. O advogado Felipe Carmona também lamentou o desfecho da confusão, com a morte do empregador. 


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