Homem passou de vítima a autor de chacina em Viamão, diz Polícia Civil
Crime foi motivado por desavença interna de um grupo de tráfico de drogas
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A Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Viamão confirmou que tratou-se de uma desavença interna de um grupo de tráfico de drogas que atua entre os bairros Parque Índio Jari e Vila Augusta. A delegada Caroline Jacobs revelou que o autor das execuções havia sido expulso da área pelo responsável pelo tráfico de drogas na região – um traficante que encontra-se recolhido no sistema prisional – e decidiu então pela vingança. O inquérito, com mais de 100 páginas, reúne cerca de 30 laudos periciais e cerca de 30 depoimentos de testemunhas.
As investigações identificaram que, entre sete vítimas da chacina, estava a companheira do traficante que ordenou a expulsão do atirador da área. Além dessa mulher foram baleadas e mortas uma amiga dela, um segurança das bocas de fumo, uma cunhada do atirador que já havia sido namorada de um parceiro do traficante, um usuário de drogas e um casal de desafetos do homicida, considerado um matador do grupo de narcotráfico até cair em desgraça.
“Foi uma só pessoa que cometeu todos crimes. Todas as provas e depoimentos convergem para esse resultado. Ele estava sob influência das drogas. Testemunhas disseram que ele estava muito louco”, destacou. No celular do executor havia uma gravação feita enquanto caminhava nas ruas em busca das vítimas, justificando aos gritos o motivo do ato que estava cometendo.
O Chefe de Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, avaliou que a investigação foi “um trabalho de fôlego”, tendo sido enviado inclusive reforço de agentes para atuarem no período na DPHPP de Viamão. Na entrevista coletiva realizada na manhã de hoje no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, compareceram ainda o titular da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, delegado Carlos Wendt; o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, delegado Fabio Lopes; e a perita Sheila Wendt, do Instituto-Geral de Perícias.